Hoje na Economia – 12/11/2020

Hoje na Economia – 12/11/2020

Mercados de ações globais ensaiam uma pausa nesta quinta-feira, após as forte altas recentes, motivadas por notícias positivas sobre o desenvolvimento de possíveis vacinas contra covid-19. O ambiente, hoje, mostra-se desfavorável aos ativos de risco, com a disseminação da covid-19 pelo mundo voltando a pesar no sentimento do investidor.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em queda, em meio a movimentos de realização de lucros obtidos em cima das notícias sobre avanços no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. O índice MSCI Asia Pacific ficou próximo da estabilidade, no dia de hoje. Em Hong Kong, onde o turbulento ambiente político também pesa sobre os sentimentos dos investidores, o índice Hang Seng fechou com queda de -0,22%. O sul-coreano Kospi recuou -0,41% em Seul; o Taiex perdeu -0,30% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto ficou no vermelho pelo terceiro pregão consecutivo, encerrando o dia com baixa moderada de -0,11%. Na contramão da região, o Nikkei apurou ganho de 0,68% em Tóquio, sustentado por ações dos setores de tecnologia e químico. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 105,39 ienes, contra 105,44 ienes do final de quarta-feira.

Na Europa, além dos temores sobre os estragos que a nova onda de infecções por covid-19 que assola a região deverá causar sobre a evolução da economia nos últimos meses do ano, fracos resultados corporativos divulgados também contribuem para levar os mercados de ações para o vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de -0,58%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua -0,78%; o CAC40 se desvaloriza -0,90% em Paris; em Frankfurt, o DAX cai -0,89%. O euro é negociado a US$ 1,1787, se valorizando 0,08% diante da moeda americana. Hoje as atenções estarão voltadas para os discursos que Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, e Jerome Powell, presidente do Fed, farão em evento promovido pelo BCE. Em foco, as ações dos BCs diante do novo avanço da pandemia de covid-19.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura negativa para o dia de hoje. O futuro do Dow Jones recua -0,60%; S&P 500 cai -0,52%; Nasdaq se desvaloriza -0,29%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua a 0,94% ao ano. O índice DXY do dólar opera em leve baixa, nesta manhã, situando-se em 92,96 pontos, recuando -0,09%. Será conhecido, nesta manhã, o índice de preços ao consumidor (CPI) de outubro, que deve registrar alta de 1,3% A/A para o índice cheio e 1,7% A/A para o seu núcleo, segundo o consenso do mercado.

Os contratos futuros de petróleo operaram com altas moderadas ao longo da madrugada, em cima de relatos que a Opep estaria considerando estender os atuais corte de 7,7 milhões de barris por dia na produção de petróleo por três a seis meses. No momento, no entanto, o contrato futuro do produto tipo WTI registra queda moderada de -0,20%, sendo negociado a US$ 41,20/barril.

Nesta manhã, o IBGE divulgará a produção de serviços de setembro, captado pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Segundo a mediana das projeções, o volume produzido em setembro deverá ser -7,8% menor do que o produzido em igual mês de 2019. Na margem, no entanto, a PMS deverá registrar avanço de 2,6% ante agosto, no dado dessazonalizado. Em relação aos mercados, expectativas de uma abertura em queda para a Bovespa, em linha com a sinalização das principais bolsas globais. Um dólar mais forte globalmente, em dia de maior aversão ao risco, desfavorece o real no dia de hoje, enquanto os juros futuros podem abrir em alta, mas devem captar os efeitos da leitura do indicador de atividade de serviços.

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