Hoje na Economia 12/12/2018

Hoje na Economia 12/12/2018

Edição 2155

12/12/2018

O bom humor volta a tomar conta dos mercados, com as perspectivas mais positivas que envolvem as negociações comerciais entre EUA e China. A libertação da executiva da Huawei e a decisão da China em reduzir as tarifas para carros americanos, notícias divulgadas ontem à noite, deram impulso aos mercados asiáticos e aos futuros americanos e europeus ao longo da madrugada.

Coroando essa sucessão de boas notícias, o presidente Donald Trump fez comentários favoráveis a um acordo comercial com a China, em uma entrevista dada a agência Reuters. Afirmou que estaria disposto a intervir junto à justiça americana no caso contra a executiva da Huawei se isso ajudasse a garantir um acordo comercial com os chineses. Nesta manhã, no mercado futuros, o Dow Jones sobe 0,47%; S&P 500 avança 0,44% e o Nasdaq tem alta de 0,61%. Trump, na entrevista, disse também que o Fed não deveria elevar o juro na reunião de política monetária da próxima semana, como esperado pela maioria dos participantes do mercado. No mercado de Treasuries, o rendimento do T-Bond de 10 anos subiu para 2,889% ao ano (+0,37% no momento) de 2,875% de ontem à tarde. O dólar encontra-se estável diante das moedas consideradas fortes. O índice DXY mostra discreta alta no momento (+0,07%). Na agenda econômica, será divulgada a inflação ao consumidor (CPI) de novembro, que tanto para o índice cheio como para o seu núcleo (Core CPI), o consenso do mercado aponta alta de 2,2% em bases anuais.

As boas notícias deram sustentação à alta das ações nas bolsas asiáticas, que tentam se recuperar das quedas dos últimos dias. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou a sessão com valorização de 1,5%. O índice Nikkei subiu 2,15% em Tóquio, liderando o movimento de alta na Ásia. Em Seul, o sul-coreano Kospi subiu 1,44%, puxado pelas ações da Hyundai. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,31%; enquanto o Hang Seng avançou 1,61% em Hong Kong. Em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 1,13%.

Na Europa, o Brexit encontra-se no foco das atenções dos mercados. O adiamento da aprovação do acordo do Brexit, previsto para ontem, pode levar a primeira-ministra Theresa May a enfrentar um voto de não confiança no Parlamento britânico nesta quarta-feira. A libra chegou a operar nas mínimas do dia com a notícia, recuperando-se posteriormente. No momento, é negociada a US$ 1,2529 de US$ 1,2485 no fim da tarde de ontem. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,39%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 avança 0,35%; em Paris, o CAC40 tem alta de 0,74%; em Frankfurt, o DAX sobe 0,49%. O euro é negociado a US$ 1,1318, com leve queda diante da cotação de US$ 1,1319 de ontem à tarde.

A constatação de forte queda nos estoques de petróleo americano nesta semana, pela American Petroleum Institute (API), impulsiona as cotações da commodity nesta quarta-feira. Os contratos futuros do petróleo tipo WTI são negociados a US$ 52,16/barril, com alta de 0,99%, nesta manhã.

A Bovespa deve abrir em alta, acompanhando o bom humor dos mercados internacionais diante do fluxo de boas notícias envolvendo as negociações comerciais entre americanos e chineses. Na agenda doméstica, hoje encerra a reunião do Copom, que deve manter a Selic estável em 6,5%, conforme prevê a esmagadora maioria dos participantes do mercado.

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