Hoje na Economia – 12/12/2019

Mercados de ações globais operam em alta, nesta manhã de quinta-feira, após o banco central norte-americano (Fed) sinalizar a manutenção da taxa básica de juros ao longo do próximo ano. Investidores atentos, também, a notícias sobre os entendimentos entre EUA e China, diante da proximidade de elevação de tarifas adicionais sobre produtos chineses, previsto para entrar em vigor no próximo domingo.

Em sua decisão de política monetária, ontem, o Fed manteve a taxa de juros inalterada entre 1,50% e 1,75% com previsto, dando indicações de que deverá mantê-las estáveis ao longo de 2020, por considerá-las adequadas ao atual dinamismo da economia americana. As bolsas de ações reagiram positivamente à decisão, que deve continuar no pregão de hoje conforme sinalizam os futuros de ações da bolsa de Nova York. Neste momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,16%; S&P 500 tem alta de 0,20%; Nasdaq avança 0,23%. Os preços das Treasuries estão estáveis nesta manhã, após subirem ontem levando o juro do T-Note de 10 anos para 1,80% ao ano. O dólar opera com ligeira alta frente às principais moedas.

Na Ásia, os mercados de ações fecharam majoritariamente em alta, nesta quinta-feira. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou o pregão com ganho de 0,60%. No Japão, o índice Nikkei teve alta de 0,14% em Tóquio, ajudado por ações do setor de eletrônicos, enquanto o Hang Seng avançou 1,31% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve alta de 1,51% em Seul, enquanto o Taiex se valorizou 1,16% em Taiwan. Na China, as bolsas contrariaram a tendência positiva da região. O índice Xangai Composto recuo 0,30%. Investidores acompanham a disputa comercial sino-americana, uma vez que domingo (15) vence o prazo para que os EUA adotem tarifas extras em mais US$ 156 bilhões em importações chinesas. Porta-voz do Ministério de Comércio chinês, Gao Feng, disse que “equipes de comércio de ambos os lados estão mantendo contato próximo”, numa tentativa de fechar um acordo comercial preliminar.

Na Europa, as bolsas europeias acompanham o movimento de alta das bolsas asiática e dos futuros de ações americanos. Investidores devem acompanhar a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que não deverá fazer mudanças na sua estratégia atual. Foco também nas eleições parlamentares no Reino Unido, onde pesquisas recentes mostraram que os conservadores do primeiro ministro britânico, Boris Johnson, diminuíram sua vantagem na corrida eleitoral em relação aos trabalhistas, de oposição. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem valorização de 0,32%; em Londres, o FTSE100 sobe 0,59%; o CAC40 avança 0,40% em Paris; em Frankfurt, o DAX opera com alta de 0,43%. O euro é negociado a US$ 1,1130, flutuando em torno desse patamar enquanto se aguarda pela reunião do BCE.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, refletindo a decisão da Agência Internacional de Energia (AIE) de cortar sua previsão para o crescimento da oferta de petróleo fora da Opep, em relatório divulgado nesta manhã. O contrato futuro de produto tipo WTI é negociado a US$ 59,14/barril, com alta de 0,66%.

A Bovespa deve operar em alta nesta quinta-feira. O ambiente externo é favorável, com as decisões de política monetária do Fed e do BCE, em que pese às preocupações sobre o que os americanos vão decidir neste fim de semana, sobre as tarifas impostas à China. O otimismo do investidor também deve ser estimulado pela decisão da agência S&P Global Rating, que reafirmou a nota BB- do País, mas elevou a perspectiva de estável para positiva. Favorece também a aprovação do novo marco do Saneamento na Câmara dos Deputados, ontem à noite. A decisão do Copom de colocar a Selic em 4,50% deve provocar ajustes nos contratos mais curtos da curva de juros futuros, ao deixar em aberto os rumos da taxa básica de juros.