Hoje na Economia 13/01/2016

Hoje na Economia 13/01/2016

Edição 1435

13/01/2016

Em fim uma boa notícia vinda da China para reverte o mau humor que permeia os mercados neste início de ano. A balança comercial chinesa registrou superávit de US$ 60,1 bilhões em dezembro (US$ 54,1 bilhões em novembro), resultante de queda de 1,4% A/A nas exportações, (mercado projetava queda de 8%), enquanto as importações recuaram 7,6% A/A (consenso -11%). O aumento do superávit reforçou o "caixa" do banco central chinês, dando mais fôlego para enfrentar o movimento de saída de capitais.

O avanço da balança comercial chinesa estabilizou o yuan no mercado on shore, contribuindo para que as cotações do petróleo não caíssem abaixo de US$ 30/barril. O petróleo tipo WTI subiu 2,76%, para US$ 31,30/barril, após rápida queda para US$ 29,93/b no início da sessão asiática.

A redução dos temores favoreceu a recuperação das bolsas asiáticas, levando o índice MSCI Asia Pacific a fechar o pregão com alta de 1,8%. Em Tókio, o índice Nikkei subiu 2,88%, com a redução das preocupações em relação à China. A moeda japonesa, que foi beneficiada pela demanda por porto seguro nos últimos dias, recua 0,50%, nesta manhã, sendo o dólar negociado a 118,23 ienes. Em Xangai, o índice Xangai Composto fechou com queda de 2,42%, enquanto, em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,13%

Mercados europeus seguem a tendência positiva ditada pelas bolsas asiáticas. Operam em alta, motivados pela redução do risco de novos choques negativos oriundos da China, permitindo certa estabilização no mercado de petróleo. O índice STOXX600 registra ganho de 1,70%, no momento, acompanhados por Londres +1,29%; Paris +1,89% e Frankfurt +1,57%. O euro é negociado a US$ 1,0822, com queda de 0,33% ante a moeda americana.

No mercado americano, o yield da Treasury de 10 anos subiu quatro pontos base, para 2,14%, nesta manhã, enquanto o índice DXY mostra que o dólar opera com alta de 0,19% frente às principais moedas. O futuro do índice S&P 500 registra avanço de 1,0%.

A Bovespa deverá acompanhar a tendência positiva ditada pelas principais bolsas internacionais, no dia de hoje. O ambiente de menor aversão ao risco e a estabilização das cotações do petróleo, graças aos bons números sobre a balança comercial chinesa, devem levar a bolsa brasileira a recuperar parte das perdas recentes. Na agenda doméstica, prevista a divulgação das vendas do comércio varejista em novembro, que no conceito restrito deve apresentar queda de 0,8% na comparação mensal e -9,0% em relação a novembro de 2014, segundo as projeções do mercado. Surpresas negativas com esses dados devem reforçar apostas no segmento do mercado de juros futuros, que prevê manutenção da Selic em 14,25% na reunião do Copom deste mês.

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