Hoje na Economia 13/03/2014

Hoje na Economia 13/03/2014

Edição 988

13/03/2014

A divulgação de indicadores de atividade na China, referentes ao bimestre janeiro/fevereiro, abaixo do esperado pelo mercado confirma o quadro de enfraquecimento da economia chinesa. Os números da produção industrial, vendas ao varejo e investimentos em ativos fixos não só frustraram as expectativas do mercado, como também vieram abaixo dos observados em igual período do ano passado.

A bolsa de Xangai, que na abertura chegou acumular alta de 1,6%, acabou perdendo força após a divulgação dos indicadores, fechando o dia com alta de 1,07%. Hong Kong, por sua vez, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,67%. Os dados chineses também afetaram o desempenho da bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei fechou em queda de 0,10%, com baixo volume de negociação. A frustração com os indicadores chineses teve maior influência sobre os exportadores em geral e papeis de empresas sensíveis ao comércio com a China. O dólar perdeu força frente à moeda japonesa, sendo negociado a 102,53 ienes contra 102,78 ienes no fim da tarde de ontem. Demais mercados asiáticos fecharam em alta, levando o índice MSCI Asia Pacific encerrar a sessão com ganho de 0,2%.

O euro se fortalece frente ao dólar, sendo cotado a US$ 1,3955, atingindo o maior nível nos últimos dois anos, refletindo, em parte, as declarações de Stanley Fischer, indicado para ser o vice-presidente do Fed, reafirmando a necessidade de mais estímulos para a economia americana para promover menores taxas de desemprego em futuro próximo. O dólar recua frente às principais moedas (dólar index recua 0,38% no momento), enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,70% ao ano.

As principais bolsas europeias flutuam entre altos e baixos enquanto aguardam a divulgação dos dados sobre comércio e emprego semanal nos EUA. De acordo com as projeções de mercado, as vendas do comércio americano cresceram 0,2% em fevereiro ante janeiro, quando recuaram 0,4%. Os novos pedidos semanais de auxílio desemprego devem ter somado 330 mil, com alta de 7 mil frente ao número divulgado na semana passada.

O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ligeira alta (+0,12%), nesta manhã, enquanto Londres apura discreta queda (-0,05%) e Paris e Frankfurt sobem 0,28% e 0,35%, respectivamente. Os índices futuros do S&P e D&J apuram ganhos de 0,27% e 0,23%, respectivamente, sinalizando para um dia de alta para os mercados de ações norte-americanos.

No mercado de petróleo, a cotação do tipo WTI recuou para US$ 98,04/barril, o mais baixo nível desde fevereiro último, em razão dos fracos dados econômicos divulgados na China. Quanto a demais commodities, as agrícolas apuram ganho de 0,28%, mas as metálicas perdem 0,34%, no momento.

À semelhança dos demais mercados emergentes, afetados pelos sinais de enfraquecimento da economia chinesa, a Bovespa pode abrir espaço para alguma realização de lucros após os ganhos dos últimos dois dias. Esse ambiente de menor atratividade para com os ativos emergente deve levar a uma valorização do dólar em relação ao real. Na agenda, mais um dado para se aferir as apostas para o próximo Copom. Serão conhecidas as vendas ao varejo de janeiro, que no conceito restrito devem ter recuado 0,3% na comparação mensal e aumentado 4,8% em relação a janeiro de 2013, de acordo com o consenso do mercado.

Topo