Hoje na Economia 13/04/2015

Hoje na Economia 13/04/2015

Edição 1252

13/04/2015

Mercados operam com otimismo cauteloso, com as bolsas mantendo a trajetória de ganhos recentes, relegando em segundo plano os fracos resultados divulgados pelo setor externo chinês. A balança comercial chinesas recuou em março (superávit de US$ 3,0 bilhões contra US$ 60,6 bilhões em fevereiro), refletindo a queda inesperada de 15,0% nas exportações (consenso +9,0%) e recuo de 20,5% nas importações (projeções de -10,%). Esse resultado reforça a expectativa de um PIB crescendo abaixo de 7% no 1º trimestre, que será divulgado amanhã.

Na Ásia, o índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou com alta discreta (+0,05%), mas a bolsa chinesa apresentou forte valorização no pregão do hoje. O índice Xangai Composto apurou ganho de 2,17%, com as apostas em mais estímulos à economia. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou avanço de 2,73%. No Japão, o índice Nikkei fechou muito próximo à estabilidade (-0,01%). A moeda americana é cotada a 120,72 ienes, subindo de 120,23 ienes no fim da tarde de sexta-feira em NY.

Os índices futuros dos EUA operam em ligeira baixa, nesta manhã, com o S&P500 recuando 0,15%. O dólar ganha valor contra as principais moedas do mundo, com o índice DXY subindo 0,53%. Contra as moedas emergentes, a valorização do dólar supera 60%. Os juros americanos operam em alta, com a Treasury de 10 anos em 1,977% a.a.

Na Europa, as bolsas mostram ganhos discretos, com o índice pan-europeu STOXX600 subindo 0,11%, mantendo-se acima dos 400 pontos. O índice FTSE100 de Londres perde 0,45%, o CAC40 de Paris opera estável e o DAX de Frankfurt mostra discreta alta. O euro permanece em queda, perdendo 0,69% diante do dólar no momento, cotado a US$ 1,0526, o valor mais baixo desde 2003.

No mercado de commodities, o petróleo tipo WTI mostra valorização de US$ 52,19/barril (+0,97%), impulsionado pelas notícias de que ainda levará algum tempo até a normalização da oferta do petróleo iraniano, no mercado mundial. Excluindo-se as commodities energéticas, as demais operam no vermelho: metais básicos -0,12%; agrícolas -0,37% e metais preciosos -0,51%.

A moderação dos protestos contra o governo ontem deve ser positivo para o quadro de recuperação cautelosa apresentada pelos mercados brasileiros. A divulgação do balanço da Petrobrás pode também contribuir para manutenção da alta da Bovespa, que hoje terá o efeito negativo da queda das importações chinesas sobre as ações da Vale. O dólar forte no exterior deve manter certa pressão sobre o câmbio doméstico, enquanto no mercado de DIs futuros, espera-se por fracas oscilações.

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