Hoje na Economia 13/04/2016

Hoje na Economia 13/04/2016

Edição 1495

13/04/2016

Mercados financeiros ficam ainda mais otimistas hoje, com altas em todas as bolsas do mundo.

Na Ásia, o índice MSCI Ásia Pacífico subiu 1,9%, a sexta alta seguida. O índice Nikkei225 do Japão avançou 2,84% ajudado pela depreciação do iene, -0,58%, cotado a ¥/US$ 109,17. A bolsa de Xangai sobe 1,42% após dados melhores que esperado de comércio externo serem divulgados. A balança comercial ficou mais baixa que o esperado (US$ 29,9 bi contra expectativa de US$ 35,0 bi), porém com maior alta nas exportações (11,5% A/A contra expectativa de 10,0% A/A) e menor queda nas exportações (-7,6% A/A contra expectativa de -10,1% A/A).

Os preços de diversas commodities sobem com os dados melhores na China, em especial as commodities metálicas industriais (minério de ferro avança mais de 4%). O preço do barril de petróleo, por sua vez, está caindo, após ter subido bastante nos últimos dias, com recuo de -1,3% no preço do tipo WTI, cotado a US$ 41,61/barril.

Na Europa, as bolsas estão em forte alta. O índice STOXX600 registra avanço de 2,02%, no momento. Em Londres, o índice de ações FTSE100 sobe 1,45%: em Paris o índice CAC40 avança 2,54%; em Frankfurt o DAX se valoriza 1,95%. O euro está cotado a US$/€ 1,1310, depreciando 0,66% contra o dólar.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos está subindo, agora em 1,788%. O dólar está se apreciando em relação a outras moedas, com o índice DXY subindo 0,60%, em especial contra moedas de países desenvolvidos (euro, iene). No mercado de ações, o índice futuro do S&P500 sobe 0,54%, indicando mais um dia de alta.

Ontem o Banco Central fez intervenção recorde no mercado de câmbio, com operações de swap reverso que equivalem a compra de US$ 8 bi. Para o mercado financeiro parece que o BC quer "defender" o patamar de R$/US$ 3,50, também aproveitando o forte fluxo de capitais para diminuir sua posição de swaps cambiais. Dessa forma, considerando o humor do mercado internacional e o noticiário político, é provável que haja mais intervenções do BC no mercado de câmbio hoje (mais um leilão reverso já foi anunciado na noite de ontem para ocorrer hoje), impedindo uma valorização maior da moeda brasileira. A maior parte das moedas de países emergentes e exportadores de commodities hoje está se depreciando levemente contra o dólar, realizando lucros após o forte movimento de ontem, então é possível que a intervenção do BC hoje seja de menor tamanho que a de ontem. Ainda assim, dado o noticiário político e a alta das commodities, a expectativa é de valorização do real hoje. A bolsa brasileira deve acompanhar o restante do mundo e subir, impulsionada também pelo noticiário político (mais adesões ao impeachment, liberação de bancadas para votarem como desejarem), enquanto os juros futuros devem recuar mais, porém com efeito maior nos mais longos, devido à intervenção do BC no câmbio impedindo uma queda maior nas expectativas de inflação de curto prazo.

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