Hoje na Economia 13/05/2019

Hoje na Economia 13/05/2019

Edição 2252

13/05/2019

Investidores começam a semana na defensiva, preocupados com o aumento das tensões entre EUA e China, após ter entrado em vigor, na sexta-feira, tarifas adicionais impostas pelo governo americano contra produtos chineses. Os chineses ameaçaram retaliar, enquanto o presidente Donald Trump acena com mais uma rodada de alta tarifária, em breve, contra produtos chineses.

Nesse ambiente de aversão ao risco, as bolsas asiáticas registraram sessão negativa. Na China, o índice Xangai Composto caiu 1,21%, com destaque para a queda das ações do sistema financeiro. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,72%, recuando pelo sexto dia consecutivo, a maior sequência do tipo em oito meses, com as ações de tecnologia liderando a queda. Na bolsa de Seul, o índice Kospi perdeu 1,38%, enquanto em Taiwan, o Taiex registrou queda de 1,44%. Hong Kong, mercados fechados por conta de feriado. No mercado de câmbio, a continuidade da busca por proteção levou o dólar a recuar para 109,66 ienes, contra 109,94 ienes no final de sexta-feira.

Bolsas na Europa, também, operam em baixa, com investidores preocupados com o recrudescimento do conflito comercial entre americanos e chineses, mas sem descuidar dos balanços corporativos divulgados no dia de hoje. O índice pan-europeu, STOXX600, opera com queda de 0,53%, no momento. Além da crise comercial sino-americana, chama atenção sinais crescentes de instabilidade política na Itália, em meio a rumores que pode haver uma ruptura na coalizão governista. A bolsa de Milão recua 0,28%; o CAC40 cai 0,59% em Paris; o DAX perde 0,52% em Frankfurt. Em Londres, o FTSE100 sobe discretos 0,05%, refletindo a divulgação de balanços com resultados superiores aos previstos pelos analistas. O euro é negociado a US$ 1,1232 nesta manhã, com ligeiro recuo ante a cotação de US$ 1,1238 de sexta-feira à tarde.

No mercado americano, os futuros de ações da bolsa de Nova York também operam em queda, apontando para uma abertura negativa, nesta segunda-feira. O futuro do Dow Jones cai 1,09%, no momento; do S&P 500 cai 1,15%; Nasdaq perde 1,59%. Nesse ambiente de aversão ao risco, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,4228% (-1,80%), recuando para o menor nível desde março último. O dólar sustenta os ganhos recentes, com o índice DXY situando-se em 97,31 pontos, com alta de 0,05%.

Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos nesta manhã, recuperando-se após três semanas consecutivas de baixas. No entanto, o quadro é de cautela, com investidores destacando o risco para a demanda da commodity gerado pelas tensões comerciais entre os EUA e a China. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI para junho é negociado a US$ 62,57/barril, com alta de 1,48%.

Neste dia em que aversão ao risco toma conta dos mercados, em meio a uma agenda econômica doméstica esvaziada, a Bovespa deve seguir a tendência ditada pelos futuros de Nova York, devendo abrir em baixa. O dólar deve seguir em alta, devendo manter pressionados os vértices longos da curva de juros futuros.

Topo