Hoje na Economia – 13/05/2022

Hoje na Economia – 13/05/2022

As principais bolsas internacionais operam em alta nesta manhã, numa tentativa de minorar as perdas recentes. Os investidores repercutem os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, que em entrevista reafirmou o objetivo de trazer a inflação sob controle, mas atribuiu baixa probabilidade para altas superiores a 0,50 p.p. nas próximas reuniões, diminuindo os temores dos mercados quanto à aceleração do ritmo de alta das taxas de juros.

Na Ásia, as bolsas exibiram altas firme, com os investidores indo atrás de pechinchas após as perdas recentes, derivadas das preocupações com juros americanos em alta e lockdowns na China. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific subiu 1,4%, o que não impediu de fechar a semana com perda acumulada de 2,6%. As ações de tecnologia foram as mais beneficiadas nesta caça as baganhas, o que levou o índice Hang Seng a liderar os ganhos na Ásia, fechando o dia com alta de 2,68% em Hong Kong. O índice japonês, Nikkei também se favoreceu do avanço em tecnologia, registrando ganho de 2,64%, no pregão de hoje. Destaque para os papéis do SoftBank; Tencent e TSMC. De forma semelhante, também foram beneficiados o sul-coreano Kospi (+2,21%) em Seul e o Taiex (+1,38%) em Taiwan. As preocupações com as medidas de isolamento adotadas na China para conter o avanço do covid-19 ainda pesam sobre o sentimento dos investidores, preocupados pelos seus efeitos sobre a economia global. Em Xangai, onde se observa avanços no controle da doença, o índice Xangai Composto apurou ganho de 0,96% na sessão de hoje.

Na Europa, as bolsas acompanham a Ásia, operando em alta. Os investidores também se mostram mais animados após Jerome Powell descartar a possibilidade de acelerar a alta dos fed funds nas próximas reuniões do Fed. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 1,31% no momento, buscando reduzir parte das perdas dos últimos dias. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,47%; o CAC40 tem alta de 1,50% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,34%. Na agenda, destaque para o evento que reunirá a integrante do conselho do BCE, Isabel Schnabel, e Loretta Mester, do Fed de Cleveland, que podem trazer novos elementos sobre os passos da política monetária nos próximos meses. Lembrando que Loretta Mester, em pronunciamento recente, assustou os mercados ao defender altas sucessivas de 0,75 p.p. do juro americano.

Nesta manhã, o índice DXY do dólar opera em baixa, após renovar máximas em 20 anos no dia de ontem em meio às especulações de aceleração do aperto monetário nos EUA para conter a escalada inflacionária. Nesta manhã, o DXY recua 0,12%, a 104,7 pontos, enquanto o dólar sobe para 128,92 ienes; o euro avança a US$ 1,0380 e a libra recua a US$ 1,2181. O discurso mais moderado do presidente do Fed estimulou o apetite ao risco dos investidores, o que levou os juros dos Treasuries a operarem em alta, revertendo a queda de ontem, quando a aversão ao risco estimulou a demanda pelos títulos. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu seis pontos base para 2,91% ao ano. Além de manifestações de dirigentes do Fed, a agenda também traz o índice preliminar da confiança do consumidor, referente a maio, que deve recuar para 64,0 de 65,2 em abril. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, nesta manhã, sugerindo um dia de recuperação. O futuro do Dow Jones sobe 0,73%; S&P 500 avança 0,99% e o Nasdaq 1,58%.

Os contratos futuros do petróleo também registram alta, nesta manhã, muito embora não devam zerar as perdas desta semana. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 107,23/barril, valorizando 1,04%.

Diante de uma agenda econômica esvaziada, o Ibovespa deve acompanhar a tendência ditada pelos futuros das bolsas americanas, operando em alta, enquanto o real deve se apreciar ante ao dólar, favorecendo o fechamento da curva de juros futuros.

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