Hoje na Economia 13/06/2013

Hoje na Economia 13/06/2013

Edição 807

13/06/2013

Mercados de ações recuam em todas as maiores praças do mundo. O Banco Mundial reduziu suas estimativas para o crescimento da economia global neste ano, em meio a temores de que os bancos centrais reduzirão suas políticas monetárias acomodatícias. Para o Banco Mundial, a economia global deverá crescer 2,2% neste ano (2,4% na previsão anterior), pouco abaixo de 2,3% observado em 2012.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 1,27% nesta manhã, acumulando perda de 7,6% desde 22 de maio último, quando Bernanke sinalizou com a possibilidade de começar a reduzir o programa de compra de ativos americano (QE3). Em Londres, o FTSE100 perde 1,18%, enquanto o CAC40 de Paris recua 0,96%, acompanhado por queda de 1,64% pelo DAX30 de Frankfurt. O euro recua para US$ 1,3328, ante US$ 1,3338 registrado ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas americanas também operam no vermelho. Os índices futuros de S&P e D&J perdem 0,40% e 0,39%, respectivamente, enquanto aguardam novas informações sobre a evolução do mercado de trabalho. Serão divulgados os novos pedidos de seguro desemprego, que na semana passada devem ter somado 346 mil, segundo o consenso, o mesmo número de pedidos observado na semana anterior.

Na Ásia, temores quanto a um menor crescimento da economia mundial, enfraquecimento da economia chinesa e incerteza quanto à política monetária americana levaram o índice MSCI Asia Pacific a perder 2,4% no pregão de hoje. Na China, os investidores voltaram de um feriado de três dias, reagindo com uma onda pesada de vendas aos indicadores divulgados no último fim de semana. A bolsa de Xangai fechou com queda de 2,74%, enquanto Hong Kong perdeu 2,19%. As preocupações com a redução do programa de compra de ativos nos EUA também estiveram por trás da forte queda apresentada pela principal bolsa japonesa. O índice Nikkei fechou o dia amargando perda de 6,35%! O Nikkei acumula queda de 20,4% desde 22 de maio último. A moeda japonesa é cotada a 94,38 ienes por dólar, contra 96,08 ienes por dólar de ontem à tarde.

Nesse ambiente de forte aversão ao risco não há espaço para valorização das commodities em geral. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 95,52/barril, com queda de 0,39%, enquanto o índice total de commodities perde 0,37%, com destaque para metais (-74%) e agrícolas (- 0,15%).

Pelo mau humor imperante nos principais mercados internacionais, presume-se que a Bovespa deve amargar novas perdas no pregão de hoje. No mercado de dólar, o governo anunciou, ontem à noite, a isenção do IOF (de 1%) para operações com derivativos cambiais, o que deverá trazer algum alívio para a cotação do dólar. Pressões sobre o câmbio e alta dos juros longos americanos devem manter a curva de DIs futuros pressionada. A curva precifica uma alta em torno de 65 bp na Selic, na próxima reunião do Copom. Achamos excessiva, principalmente após a nova reação do governo para limitar a desvalorização do real. Continuamos apostando em uma alta de 50 bp na próxima reunião em Julho.

Superintendência de Economia
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