Hoje na Economia 13/06/2014

Hoje na Economia 13/06/2014

Edição 1050

13/06/2014

Mercados abriram em baixa, nesta manhã, evitando o risco em meio ao aumento das tensões no Iraque, onde a escalada da guerra civil coloca em xeque a produção do segundo maior produtor de petróleo da OPEP. Os dados econômicos divulgados na China, referentes à produção industrial (+8,8% frente a maio/13) e vendas ao varejo (+12,5% frente a maio/13) vieram em linha com as expectativas dos analistas, não provocando grandes alterações no humor dos investidores.

O agravamento da crise no Iraque levou os preços do petróleo e das demais commodities ao patamar mais elevado dos últimos nove meses. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 107,10/barril, com alta de 0,48%, no momento. O índice de commodities total registra elevação de 0,28%, com destaque para metais (+0,21%) e agrícolas (+0,59%).

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,1%, após queda de 0,7% nas primeiras horas do pregão. Boa parte dos mercados da região foi afetada pela queda das ações de empresas aéreas, prejudicadas pela elevação de custos na esteira da alta do petróleo. No Japão, no entanto, o índice Nikkei de Tókio encerrou o dia com ganho de 0,80%, com alta do petróleo ajudando os papeis de empresas relacionadas à commodity. A reunião do Banco do Japão (BoJ) acabou tendo influência neutra sobre os mercados. O iene se valorizou por conta da busca por porto seguro decorrente da crise no Iraque. O dólar é negociado a 101,94 ienes nesta manhã, contra 102,11 no início da sessão asiática. Na China, os indicadores econômicos divulgados reforçaram o cenário de estabilização do crescimento chinês, levando o mercado de ações a manter os ganhos após a divulgação dos dados. O índice Xangai Composto registrou valorização de 0,93%, enquanto em Hong Kong, bolsa local subiu 0,67%.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra queda de 0,77%, no momento. O investidor evita ativos de risco, diante do aumento da violência no Iraque, que pode trazer de volta a intervenção militar norte-americana. Nas demais praças, bolsas operam no vermelho: Londres -1,04%; Paris -0,91% e Frankfurt -0,98%. O euro é cotado a US$ 1,3562, contra US$ 1,3552 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, o quadro de cautela também prevalece. Os futuros dos índices S&P e D&J registram perdas de 0,11% e 0,14%, respectivamente. A busca por ativos seguros levou o juro pago pela Treasury de 10 anos recuara para 2,588% ao ano, enquanto o dólar registra leves perdas frente às principais moedas, nesta manhã.

A Bovespa deverá ignorar os dados econômicos favoráveis divulgados na China. A queda das bolsas americanas no dia de ontem, empurradas pelo acirramento das tensões do Iraque, deve induzir a realização de lucros na Bovespa, após quatro pregões consecutivos de ganhos. No mercado de DIs, o recuo dos juros dos T-Bonds de 10 anos, acompanhado pela relativa estabilidade do mercado cambial manterá em baixa as taxas de juros domésticas.

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