Cenário Internacional

A inflação ao consumidor nos EUA, divulgada na última sexta-feira (10), apresentou alta de 1% M/M ante 0,3% M/M no mês anterior, superando a projeção mediana do mercado, que esperava avanço de 0,7% na comparação mensal. A piora ocorreu tanto no índice cheio quanto nos núcleos, que seguem pressionados, mesmo aqueles que excluem os preços de alimentos e energia. Assim, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 8,6% e aumentou em relação a abril, dificultando a concretização do cenário defendido pelo Fed, de que a inflação havia alcançado seu pico nos EUA.

O indicador de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan, divulgado também na sexta-feira, mostrou forte queda e piora nas expectativas inflacionárias de 12 meses à frente. Trata-se do menor patamar do indicador, que teve início no final da década de 70.

O balanço dos dados da última semana foi hawkish, com Banco Central Europeu alertando pra necessidade de mais aperto monetário, e piora do panorama inflacionário nos EUA. Mercados reagem bem negativamente nessa manhã.

Hoje, a agenda internacional está esvaziada de dados relevantes, enquanto o mercado aguarda a reunião do FOMC na quarta-feira.

No Brasil, os dados de vendas no varejo foram divulgados pelo IBGE na sexta-feira e surpreenderam positivamente no conceito restrito, registrando alta de 0,9% em abril frente à expectativa de alta de 0,3%. No conceito ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção, o avanço foi de 0,7% M/M, marginalmente abaixo do esperado, que era de 0,8%. De modo geral, o dado não apresentou maiores novidades para o cenário e não deve provocar revisões das projeções do nível de atividade.

A agenda doméstica de dados oficiais, hoje, está vazia, podendo surgir novas notícias associadas à direção do PLP 18 e da PEC dos combustíveis ao longo do dia.