Hoje na Economia 13/07/2016

Hoje na Economia 13/07/2016

Edição 1558

13/07/2016

Mercados de ações sustentam a trajetória de alta dos últimos dias, ainda que em ritmo moderado. O dólar recua frente a importantes moedas, mas ganha espaço ante as divisas emergentes. Petróleo devolve parte da alta de ontem.

Na Ásia, mercados fecharam em alta significativa pelo terceiro dia seguido. O índice MSCI Asia Pacific fechou esta quarta-feira com valorização de 0,7%, ficando próximo do nível mais alto já atingido neste ano. A bolsa de Tóquio fechou em alta moderada, após os fortes ganhos recentes. O índice Nikkei subiu 0,84%, acumulando valorização de 7,4%, na semana, com destaque para ações das exportadoras. O dólar é negociado a 104,59 ienes, ligeiramente abaixo da cotação de 104,81 ienes de ontem à tarde. Na China, números sobre a balança comercial de junho em linha com o projetado pelo mercado e declarações oficiais dando conta de que a economia mantém crescimento moderado, em linha com objetivo de um PIB evoluindo 6,5% este ano, estimularam os mercados de ações da região. O índice Xangai Composto subiu 0,37%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou valorização de 0,46%.

Na Europa, mercados de ações moderam a alta, após os ganhos expressivos dos últimos dias. Menores preocupações com a economia dos EUA e a troca rápida do primeiro-ministro do Reino Unido, após o Brexit, estimulam a procura por ações, bem como favorece a moeda inglesa, que recupera boa parte do terreno perdido nas últimas semanas. A bolsa de Londres registra ganho de 0,20%, no momento; Paris sobe 0,32% e Frankfurt opera estável. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 apresenta valorização de 0,33%, no momento. O euro é cotado a US$ 1,1076, com valorização de 0,14%.

Entre os ativos americanos, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 1,47% nesta manhã, situando-se em 1,488% ao ano. O dólar flutua entre altos e baixos, mas, no momento, o índice DXY aponta recuo de 0,08% da moeda americana diante das principais divisas internacionais. O índice futuro de ações S&P 500 registra alta discreta: +0,08%. Os investidores precificam probabilidade de menos de 50% de ocorrer alguma alta da taxa de juro neste ano, ignorando as declarações do presidente do Fed de St. Louis, James Bullar, de que o Brexit deve ter impacto zero sobre a economia americana. O Livro Bege, que deve ser divulgado hoje às 15h, deve reforçar a postura "dovish" do Fed, não deixando margem para um aperto antecipado dos juros.

Os futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, pressionados por realização de lucros e em reação a dados que mostram elevação dos estoques do produto nos EUA. O petróleo tipo WTI para entrega em agosto recua 1,32% no momento, sendo negociado a US$ 46,18/barril.

A Bovespa deve acompanhar a tendência de alta sinalizada pelas principais praças internacionais, ainda que o recuo dos preços do petróleo abra espaço para alguma realização de lucros. O dólar deve continuar sua tendência de queda frente ao real, refletindo a fraqueza global da moeda americana, por conta da postura "dovish" do Fed, o que pode exigir novas intervenções do Banco Central. No front político, hoje às 16h ocorre a eleição do novo presidente da Câmara, com o PMDB indo para a disputa rachado, colocando em risco a estratégia do Planalto.

Topo