Hoje na Economia – 13/08/2019

Hoje na Economia – 13/08/2019

Edição 2316

13/08/2019

Investidores evitam ativos de risco em geral, nesta terça-feira. Mantém o foco em uma série de questões problemáticas, envolvendo desde as tensões comerciais entre EUA e China, passando pelas turbulências em Hong Kong e as incertezas políticas na Itália e Argentina.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam em baixa generalizada. Hong Kong, que tem sido palco de manifestações consecutivas, tornou-se o maior desafio ao governo de Pequim, cuja autoridade sobre o território semiautônomo está sendo colocada em xeque pela primeira vez desde que assumiu o controle sobre a região em 1997. O índice Hang Seng, da bolsa local, fechou o pregão de hoje com queda de 2,1%. Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,63%. Em Tóquio, mercados voltaram a operar após o feriado de ontem, o índice Nikkei terminou o dia com baixa de 1,11%. O dólar se enfraqueceu diante da moeda japonesa, sendo negociado a 105,15 ienes de 105,25 ienes no final da tarde de ontem. Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,85% em Seul, enquanto o Taiex cedeu 1,05 em Taiwan. Ontem a Coreia do Sul decidiu retirar do Japão a classificação de parceiro comercial preferencial.

Na Europa, o mau humor impera, com as bolsas operando no vermelho seguindo a tendência ditada pela Ásia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua pelo terceiro pregão consecutivo. No momento, o índice marca queda de 0,63%. Em Londres, o FTSE100 recua 0,50%; o CAC40 tem perda de 0,56% em Paris; o DAX cede 0,94% em Frankfurt. O índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha caiu para -44,1 pontos em agosto, de -24,5 pontos em julho e abaixo das estimativas do mercado que apontavam para uma queda de -30,0 pontos. O euro é negociado a US$ 1,1212 de US$ 1,1217 de ontem à tarde.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 1,626% ao ano (-0,93% no momento), com a busca por ativos considerados seguros em meio ao aumento da aversão ao risco. O dólar índex (índice DXY) situa-se em 97,50 pontos, com ligeira alta (+0,17%) diante das principais moedas. O mercado futuro de ações opera no vermelho, sinalizando para mais um dia de queda para a bolsa de Nova York. Nesta manhã, o futuro do índice Dow Jones cai 0,31%; do S&P 500 recua 0,29%; Nasdaq perde 0,45%. Será divulgada a inflação ao consumidor (CPI) de julho, que deve ter subido 1,7% A/A, enquanto se considerar o seu núcleo (Core CPI) a alta será de 2,1% A/A, segundo as projeções do mercado.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta manhã, pressionados ainda pelo recente aumento nas tensões comerciais entre EUA e China, que ameaçam o crescimento global. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em setembro, é negociado a US$ 54,86/barril, com queda de 0,16%.

Os mercados domésticos continuarão reféns do ambiente externo, operando com elevada aversão ao risco, decorrente não só da guerra comercial entre americanos e chineses, que não dá sinais de arrefecimento, como também alimentada pela crise na Argentina, onde o governo foi derrotado pela oposição nas eleições primárias do último fim de semana. Esse ambiente adverso pode resultar em deterioração das condições financeiras, dificultando ainda mais a já difícil recuperação da economia brasileira.

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