Hoje na Economia 13/10/2015

Hoje na Economia 13/10/2015

Edição 1375

13/10/2015

Dados decepcionantes sobre o comércio exterior da China dão o tom pessimista para os negócios no dia de hoje. As importações chinesas caíram mais do que o esperado em setembro (-20,4%, contra consenso de -6,0%) alimentando preocupações com o crescimento mundial, minado pelo enfraquecimento da economia chinesa. As exportações da China recuaram 3,7% em setembro, contra -5,0 das projeções dos analistas.

A queda nas importações chinesas derrubou o mercado de commodities, alimentando aversão aos ativos dos emergentes em geral, principalmente as ações. Na Ásia, o índice regional MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,90%. Em Tókio, o índice Nikkei caiu 1,11%, enquanto a moeda japonesa se apreciou por conta do aumento da procura por porto seguro. O dólar é negociado a 119,70 ienes, com a moeda japonesa mostrando valorização de 0,28%, nesta manhã. Na China, o índice Xangai Composto fechou em alta de 0,17%, em um pregão de alta volatilidade, quando chegou a perder 1,1%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia com queda de 0,57%.

Na Europa, as ações permanecem em queda pelo segundo dia consecutivo. O índice STOXX600 registra queda de 1,35% no momento, com destaque para queda dos papeis das montadoras e produtoras de commodities. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,93%; o CAC40 de Paris recua 1,79% e o DAX de Frankfurt cai 1,38%. O euro é negociado a US$ 1,1386, com valorização de 0,24% frente à moeda americana.

Os índices futuros das principais bolsas americanas também operam no vermelho. Os futuros do S&P e D&J registram quedas de 0,60% e 0,13%, respectivamente, no momento. O dólar recua frente às principais moedas, mas avança diante das moedas emergentes. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,042% ao ano.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 46,93/barril, com queda de 0,36%. Demais commodities também acusam os efeitos dos sinais de enfraquecimento da economia chinesa. O índice Bloomberg de Commodity registra queda de 0,40%, no momento.

Com uma agenda econômica doméstica esvaziada, as atenções permanecerão no campo político, onde o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deverá decidir sobre aceitação da abertura do processo para o impeachment da presidente Dilma. À queda dos preços das commodities, devido às fracas importações chinesas, devem somar os temores decorrentes do incerto quadro político doméstico, impedindo um bom desempenho da Bovespa. O mercado de juros futuros e o dólar devem refletir o ambiente de maior risco prevalecente.

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