Hoje na Economia 13/10/2017

Hoje na Economia 13/10/2017

Edição 1871

13/10/2017

Mercados financeiros abrem o dia em alta, após dados bons vindos da China e relatório da Zona do Euro indicando que compras de títulos devem prosseguir no ano que vem, mesmo que num ritmo menor.

Na Ásia as bolsas fecharam em alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,4%. O índice Nikkei225 de Tóquio subiu 0,96%, terminando no patamar mais alto desde novembro de 1996. O iene se parecia contra o dólar, +0,14%, cotado a ¥/US$ 112,13. A bolsa de Xangai subiu 0,13%, ajudada pelos dados de balança comercial. A balança comercial veio abaixo do esperado (US$ 28,5 bi contra expectativa de US$ 38,0 bi), com o crescimento de exportações menor que o esperado (8,1% A/A contra 10,0% A/A) e as importações subindo muito (18,7% A/A, contra expectativa de 14,7% A/A), o que deve indicar maior atividade do setor de consumo chinês.

Na Europa, há boatos de um relatório dizendo que o BCE (Banco Central Europeu) deve prosseguir com o QE (programa de compra de títulos) no ano que vem por pelo menos 9 meses, mas com um ritmo menor, de € 30 bi por mês (contra os atuais € 60 bi/mês). O euro está se depreciando levemente, -0,07%, cotado a 1,1823, enquanto as bolsas sobem. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,31%, o índice CAC40 de Paris +0,01% e o DAX de Franfkrut bate novo recorde histórico, subindo 0,06%. O presidente da Comissão Europeia, Juncker, disse que a cada dia surgem novos problemas em relação ao Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), o que faz o índice FTSE100 de Londres recuar, -0,16%. A libra, por outro lado, chegou a ficar estável após essa notícia, mas voltou a se apreciar agora, +0,27%, cotada a US$/£ 1,3297.

Os preços de commodities estão em alta com a maior importação chinesa. O índice de preços de commodities da Bloomberg sobe 0,7%, com destaque para commodities metálicas (1,0%). O preço de petróleo também sobe, com o tipo WTI avançando 1,84%, cotado a US$ 51,54.

Nos EUA, ontem saíram dados de inflação mais elevados ao produtor, o que fez os juros futuros subirem. A Treasury de 10 anos agora está em leve alta, com yield de 2,325% a.a.. Os índices futuros das bolsas americanas têm alta pequena, de 0,03% no caso do Dow Jones e 0,01% no caso do S&P500. O dólar está praticamente estável contra outras moedas, com o DXY subindo 0,03%, com valorização concentrada em moedas de países desenvolvidos. A maior parte das moedas de países emergentes se aprecia contra o dólar, devido à alta de commodities, com as exceções sendo Turquia e México. Hoje sairão dados de inflação ao consumidor, que devem ter impacto sobre os mercados, em especial juros futuros americanos.

No Brasil, o feriado deve fazer com que hoje seja um dia de menor liquidez, não havendo nenhuma notícia relevante. O desanuviamento do cenário político, com o STF deixando de tirar o mandato do senador Aécio Neves, deve ajudar um pouco o cenário pró-risco no Brasil. O maior impulso para os mercados brasileiros, no entanto, deve vir do exterior, como reação aos dados chineses. A bolsa brasileira deve subir, acompanhando as commodities e as bolsas no exterior. O real deve se apreciar, com a melhora nos termos de troca, enquanto os juros futuros devem ter leve recuo com o cenário político.

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