Hoje na Economia 13/12/2017

Hoje na Economia 13/12/2017

Edição 1911

13/12/2017

Mercados financeiros abrem em queda, com receio em relação à política nos EUA (derrota dos republicanos na eleição para senador no Alabama) e com apreensão em relação à reunião do FOMC que ocorre hoje, além de dados de inflação que podem impactar futuros movimentos dos juros americanos.

Na Ásia as bolsas fecharam sem direção única, com queda de -0,47% no índice Nikkei225 do Japão e alta de +0,68% na bolsa de Xangai. O iene se valoriza contra o dólar, +0,13%, cotado a 113,40.

Na Europa, a maior parte das bolsas opera em queda. Há recuo de -0,11% no índice pan-europeu STOXX600, -0,18% no CAC40 de Paris e -0,21% no DAX de Frankfurt. A exceção é o FTSE100 de Londres, que opera em ligeira alta, de +0,02%. O euro está se apreciando contra o dólar, +0,05%, cotado a 1,1748. Dados sobre atividade na Zona do Euro vieram melhores que o esperado hoje, com a produção industrial avançando +0,2% M/M e +3,7% A/A em outubro e a criação de empregos +0,4% T/T e +1,7% A/A no 3º trimestre. A taxa de desemprego no Reino Unido em outubro ficou um pouco acima do esperado (4,3% contra expectativa de 4,2%).

Os índices de preços de commodities operam em alta pela manhã. O índice geral da Bloomberg sobe +0,56%, com alta em especial nos preços de energia. O preço do barril de petróleo tipo WTI sobe +0,84%, cotado a US$ 57,62/barril.

Nos EUA, o índice futuro da bolsa S&P 500 chegou a cair -0,3% após a confirmação da derrota do republicano na eleição para senador, mas agora cai apenas -0,05%. O dólar devolve parte do movimento de apreciação contra outras moedas que ocorreu ontem, com o índice DXY recuando -0,10% e a maior parte das moedas se valorizando contra ele. Os juros futuros, por outro lado, seguem subindo, com o yield da Treasury de 10 anos a 2,416% a.a.. Hoje será divulgado o dado de inflação ao consumidor, sendo que uma alta além da esperada (2,2% A/A é a mediana de expectativas, contra 2,0% no mês anterior) pode levar os juros futuros a subirem ainda mais. Hoje ocorre a reunião do FOMC. É esperado um aumento de 25 pb na FFR, para 1,25% a.a.. A entrevista coletiva de Yellen e a divulgação das projeções do FOMC terão grande impacto nos mercados, que tentarão ver se o número de altas de juros projetados pelo FOMC para o ano que vem mudou (eram 3 altas de 25 pb no material divulgado em setembro) e se o linguajar do comitê ficou mais hawkish ou mais dovish.

No Brasil, ontem o TRF-4 anunciou que o julgamento de segunda instância sobre o caso envolvendo o ex-presidente Lula deve ocorrer em 24 de janeiro de 2018, antes do que a maioria do mercado esperava (entre o final do primeiro trimestre e o final do segundo). Hoje sairá o dado de vendas no varejo referentes a outubro, sendo que a expectativa é de alta de +0,2% M/M. Os ativos brasileiros devem se valorizar hoje, com o noticiário judiciário, mesmo sem avanços no noticiário político referente à reforma da Previdência. A bolsa brasileira deve subir, os juros futuros devem recuar e o real deve se valorizar. Esses movimentos podem ser revertidos caso os dados ou eventos nos EUA indiquem um FOMC mais hawkish.

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