Hoje na Economia – 13/12/2023

Hoje na Economia – 13/12/2023

 Cenário Internacional

Nos EUA, o dado de inflação ao consumidor referente a novembro, que foi divulgado ontem, veio levemente acima da expectativa mediana dos analistas (0,1% M/M vs. 0,0% M/M) e do dado anterior (0,04% M/M), reduzindo a inflação acumulada nos últimos 12 meses para 3,14%. O núcleo veio em linha com o esperado (0,3% M/M), mas mostrou pressão superior à esperada na parte de serviços.

Nesta madrugada, foram divulgados dados de crédito na China e de atividade na Europa. Os novos empréstimos vieram mais fracos do que o esperado em novembro (1,09 trilhão de yuans vs. 1,3 trilhão), mas aceleraram em relação ao dado anterior. O financiamento agregado também veio abaixo do esperado (2,45 trilhões de yuans vs. 2,595 trilhões). A produção industrial da Zona do Euro teve contração de -0,7% M/M em outubro, frustrando a expectativa dos analistas de queda menos intensa, de -0,3% na margem.

Para hoje, o maior destaque da agenda global será a reunião do FOMC (Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA). A expectativa consensual do mercado é de manutenção da taxa básica de juros em 5,25%, com provável redução dos juros projetados pelos membros do comitê no dot plot para o final de 2024, de 5,00% para 4,75%. Também serão divulgados os dados de inflação ao produtor de novembro, para os quais o mercado espera estabilidade no índice cheio e alta de 0,2% M/M para o núcleo.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o volume de serviços registrou variação de -0,6% M/M em outubro, abaixo do esperado pela mediana das projeções de mercado (-0,1% M/M) e consistente com queda interanual de -0,4%. A surpresa baixista no dado referente a outubro teve contribuição negativa dos serviços prestados às famílias, que recuaram 2,1% na margem, e dos serviços de transportes, que caíram 2,0% M/M, o que tende a adicionar viés baixista às projeções do PIB relativo ao 4º trimestre deste ano.

O destaque da agenda doméstica hoje será a reunião do COPOM. A expectativa da SulAmérica Investimentos, em linha com o consenso de mercado, é de que o comitê mantenha o plano de voo e corte a meta para a taxa Selic em 50 pb, de 12,25% para 11,75%. Em termos de comunicação, esperamos que a melhora observada tanto no cenário local quanto no externo, em que se destacam os dados benignos de inflação e o fechamento do juro longo nos EUA, leve a uma assimetria pró-flexibilização no discurso, de modo que o Copom reconheça a evolução dos fundamentos em seu comunicado. Por outro lado, ainda permanece a incerteza em relação à manutenção da sinalização do ritmo de 50 pb como adequado para as próximas reuniões.

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