Hoje na Economia 14/01/2019

Hoje na Economia 14/01/2019

Edição 2173

14/01/2019

O otimismo mostrado pelos mercados acionários globais nos últimos dias, impulsionado pelos progressos nas negociações comerciais entre EUA e China e por comentários mais "dovish" pelo presidente do Fed será testado hoje após os fracos resultados apresentado pela balança comercial chinesa. As exportações chinesas recuaram 4,4% em dezembro na comparação anual, vindo abaixo das expectativas do mercado (+2,5% A/A), refletindo os efeitos da guerra comercial com os EUA. As importações, por sua vez, caíram 7,6% A/A no mês (projeções +3,0%) impactadas pela desaceleração da demanda interna. Os fracos dados chineses aumentam os temores de intensificação da desaceleração da economia chinesa, colocando sob suspeita as projeções de crescimento para a economia mundial neste ano.

A decepção com os resultados da balança comercial chinesa derrubou a maioria das bolsas de ações na Ásia. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,1%, o maior neste ano. No Japão, mercados permaneceram fechados por conta de feriado. Na China, o índice Xangai Composto fechou em baixa de 0,71%, enquanto o Hang Seng recuou 1,38% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi recuou 0,53% em Seul e o Taiex cedeu 0,52% em Taiwan. O dólar é cotado a 108,15 ienes recuando ante o valor de 108,54 ienes no fim da tarde de sexta-feira.

As bolsas europeias também se ressentiram dos fracos resultados comerciais divulgados pela China. Acentuam-se as preocupações com uma desaceleração da atividade mundial mais forte do que o imaginado, com efeitos diretos sobre os lucros corporativos. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,79%; em Londres, o FTSE100 cai 0,51%; em Paris, o CAC40 cede 0,67%; em Frankfurt, o DAX tem perda de 0,56%. O euro é negociado a US$ 1,1473, subindo em relação à cotação de US$ 1,1466 do fim da tarde de sexta-feira.

Seguindo a mesma tendência ditada pelas bolsas asiáticas e europeias, os futuros de ações de Nova York apontam para uma abertura em queda. O índice Dow Jones futuro cai 0,72%, no momento, do S&P 500 recua 0,73%; o Nasdaq perde 0,91%. O índice DXY mostra discreta queda (-0,05%), refletindo quedas fracas do dólar ante a cesta de moedas fortes. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua para 2,676% ao ano, ante 2,695% verificado no final da sexta-feira.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, após a divulgação dos fracos resultados da balança comercial chinesa em dezembro, reforçando temores sobre a desaceleração da segunda maior economia do mundo. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para fevereiro é cotado a US$ 51,0/barril, com queda de 1,14%.

Os riscos de intensificação da desaceleração do crescimento da economia chinesa deve pesar sobre os ativos brasileiros, onde a Bovespa deve abrir em queda acompanhando a tendência das principais bolsas mundiais nesta manhã. Em um ambiente pouco propício a tomada de risco, o dólar deve se fortalecer ante ao real, levando a altas nos juros futuros, principalmente nos contratos mais longos.

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