Hoje na Economia – 14/01/2021

Hoje na Economia – 14/01/2021

A abertura dos principais mercados internacionais sugere um dia de alta, levando-se em conta que os futuros das bolsas tanto dos EUA como da Europa registram valorizações, neste momento. Segundo fontes da imprensa, há a possibilidade de o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, anunciar um novo pacote fiscal na ordem de US$ 2 trilhões para dar suporte à economia, diante da pandemia do covid-19.

Na Ásia, a maioria das bolsas da região fechou em alta. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,30% no pregão de hoje. Além das expectativas positivas que cercam um possível pacote de ajuda à economia nos EUA, contribuíram para o desempenho dos mercados asiáticos os bons resultados da balança comercial chinesa em dezembro. As exportações chinesas subiram 18,1% em relação a igual mês de 2019, enquanto as importações avançaram 6,5%, ambos batendo as projeções dos analistas. Apesar desses resultados, a bolsa de Xangai fechou no vermelho. O índice Composto apurou queda de 0,91%, com investidores aproveitando para realizar lucros em cima das notícias sobre o aumento de casos de covid-19 em várias províncias da China. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,85% em Tóquio, impulsionado por ações do setor financeiro. O dólar é cotado a 103,99 ienes contra 103,86 ienes de ontem à tarde. Outros índices da região acompanharam o movimento da bolsa japonesa, como o Hang Seng que subiu 0,82% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi registrou valorização discreta de 0,05% em Seul.

Na Europa, as bolsas iniciaram o dia em alta firme, com destaque para ações de tecnologia e das montadoras de automóveis liderando as negociações. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,44%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,36%; em Paris, o CAC40 valoriza 0,22%; o DAX avança 0,42% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,2156, pouco abaixo da cotação de US$ 1,2160 de ontem à tarde. Na Alemanha, foi divulgada a preliminar sobre o PIB do país em 2020, que caiu 5,0%, a maior queda desde 2009. O Banco Central Europeu (BCE) divulga hoje a ata da mais recente reunião de política monetária do bloco.

Neste dia em que prevalece um ambiente de menor aversão ao risco, a divisa americana opera com ligeira depreciação ante as principias moedas. O índice DXY do dólar recua 0,05%, situando-se em 90,31 pontos. O yield da Treasury de 10 anos sobe 2 pontos base para 1,10% ao ano. O mercado futuro das bolsas de ações de Nova York aponta para uma abertura em alta, à espera do anúncio do pacote de estímulo fiscal pelo presidente eleito Joe Biden. O futuro do Dow Jones sobe 0,31% no momento; S&P 500 avança 0,24%; Nasdaq opera com queda discreta de 0,03%, decorrente de movimento de realização de lucros. Destaque na agenda de hoje será o pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, às 16hs (Brasília) na Universidade de Princeton, que deverá trazer mais luz ao debate sobre a estratégia do Fed quanto aos próximos passos da política monetária.

Os contratos futuros de petróleo, que operaram em alta ao longo da madrugada, voltaram a cair à espera do relatório da Opep, que trará projeções atualizadas sobre a oferta e demanda da commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo WTI é negociado a US$ 52,71/barril, com recuo de 0,36%.

Diante de uma agenda econômica esvaziada, os ativos domésticos devem se direcionar pelo ambiente externo. Expectativa de novo pacote de ajuda fiscal nos EUA e os bons números da balança comercial da China devem favorecer uma abertura em alta para a Bovespa. O real deve se beneficiar ante a fraqueza global do dólar nesta quinta-feira, enquanto os juros futuros longos devem oscilar entre margens estreitas.

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