Hoje na Economia – 14/02/2022

Hoje na Economia – 14/02/2022

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados, nesta segunda-feira. O recrudescimento das tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia se junta às preocupações de que os juros nos EUA subam de forma agressiva, empurrando os investidores para a defensiva. Aumenta a percepção de que o conflito entre Rússia e Ucrânia está ingressando em uma semana decisiva, onde permanece em aberto um possível desfecho.

As bolsas da Ásia registraram a maior queda das últimas duas semanas, diante do risco crescente de uma possível invasão da Ucrânia pela Rússia. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou a sessão de hoje contabilizando perda de 1,4%, com as empresas TSMC, Alibaba e Toyota se destacando entre as baixas. No Japão, o índice Nikkei caiu 2,23% em Tóquio, na volta do feriado de sexta-feira. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,41%, com o ambiente agravado também pelo forte surto de covid-19 que ataca a região. O sul-coreano Kospi recuou 1,57% em Seul, enquanto o Taiex cedeu 1,71% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto registrou perda de 0,43%, no pregão de hoje.

Na Europa, os mercados acionários seguem as bolsas asiáticas, mergulhando no vermelho, nesta manhã de segunda-feira. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, cai 2,31%, no momento, com todos os setores que compõem o índice operando em baixa. Em Londres, o FTSE100 recua 1,70%; o CAC40 perde 2,84% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 3,07%.

No mercado americano, os juros dos treasuries, após operarem em alta ao longo do overnight, voltam a cair, nesta manhã. O yield do T-Bond de 10 anos declinou um ponto base, situando-se em 1,92% ao ano, no momento. Apesar dos riscos presentes no conflito entre Rússia e Ucrânia, os rendimentos dos treasuries seguem sustentados pela perspectiva de que o Fed terá que elevar os juros agressivamente ao longo do ano, diante de uma inflação que se mostra elevada e persistente. O índice DXY do dólar sobe 0,15% no momento, para 96,23 pontos, enquanto o euro desvaloriza 0,28%, em US$ 1,1319/€, enquanto a libra é negociada a US$ 1,3519/£, caindo 0,33%. Refletindo o ambiente de forte aversão ao risco, os índices futuros das bolsas de Nova York registram pesadas quedas, no momento. O futuro do Dow Jones perde 0,85%; S&P 500 cai 1,03%; Nasdaq desvaloriza 1,08%.

Os preços do petróleo se aproximam de US$ 100/barril, nível atingido em 2014, diante dos temores de que é iminente a invasão da Ucrânia pela Rússia. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para março, após operar maior parte da madrugada em alta, mostra recua de 0,17%, sendo cotado a US$ 92,93/barril.

A agenda econômica doméstica não traz indicadores relevantes, deixando os mercados locais reféns da evolução do ambiente externo. A aversão ao risco deve pesar sobre o real e manter pressionada a curva de juros futuros. O Ibovespa deve abrir em baixa, seguindo as indicações dos futuros das bolsas americanas, mas também deve refletir os resultados de importantes balanços corporativos que serão divulgados hoje.

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