Hoje na Economia 14/03/2014

Hoje na Economia 14/03/2014

Edição 989

14/03/2014

Mais um dia em que a aversão ao risco comanda as ações dos investidores. Temores quanto à desaceleração da economia chinesa e às vésperas do referendo popular na Criméia, que poderá decidir sua anexação à Rússia neste domingo, prevalecem posições defensivas nos mercados globais.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou em queda de 1,9%, onde as perdas registradas pelas bolsas chinesas foram destaque. Quatro grandes bancos rebaixaram suas projeções para o crescimento da China neste ano, ao mesmo tempo em que fonte do governo admitiu que um PIB crescendo 7% neste ano seria suficiente. O índice Shanghai Composto encerrou o dia com perda de 0,73%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong recuou 1,0%. No Japão, a busca por porto seguro manteve a trajetória de valorização do iene, que somada às fortes quedas das bolsas americanas ontem, contribuiu para o pessimismo entre os investidores da Bolsa de Tókio. O índice Nikkei perdeu 3,3% no dia de hoje. O dólar é cotado a 101,57 ienes, nesta manhã, contra 101,81 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, comentários do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, sugerindo uma maior flexibilização monetária na zona do euro, reforçaram a tendência de desvalorização da moeda comum europeia. No momento, o euro permanece em torno de US$ 1,3888, estável em relação à sua cotação de ontem à tarde. Nas bolsas, investidores evitam ações, levando o índice STOXX600 a registrar queda de 0,51%, neste momento. De mais mercados também operam no vermelho: Londres -0,16%; Paris -0,49% e Frankfurt -0,22%.

Os índices futuros das principais bolsas americanas operam em sentido contrário aos demais mercados internacionais. Tanto o S&P e quanto o D&J registram, neste momento, valorizações de 0,22% e 0,14%, respectivamente. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,65% devido à procura por segurança, enquanto o dólar index registra discreta queda no momento. Ao longo da manhã, será divulgado o índice de confiança do consumidor preliminar de março, apurado pela Universidade de Michigan, que deverá subir de 81,6 em fevereiro para 82,0, segundo o consenso do mercado.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI não mostra grandes oscilações no dia de hoje, flutuando em torno de US$ 98,24/barril. Entre as demais commodities, a maioria opera em queda, exceção das metálicas, que registram ganho de 0,44% nesta manhã.

A Bovespa deve refletir o clima de aversão ao risco que prevalece entre os principais mercados internacionais, ao mesmo tempo em que deve digerir o socorro às empresas elétricas anunciado ontem à tarde. O mercado de juros deve observar com atenção a divulgação do índice de atividade mensal calculado pelo Banco Central (IBC-Br), que em janeiro deve ter apurado alta 0,90% M/M, contra queda de 1,35% em dezembro. A curva de juros futuros pode reagir a essa informação, muito embora os dados de indústria e comércio além da inflação oficial, divulgados nos últimos dias, permitiram afinar as apostas para os próximos movimentos da política monetária.

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