Hoje na Economia – 14/04/2022
As principais bolsas internacionais não mostram um denominador comum, nesta manhã. Os mercados da Ásia fecharam em alta, enquanto a abertura na Europa dá sinais mistos à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE). Os futuros americanos e o dólar operam em queda.
Na Ásia, as bolsas fecharam no azul pelo segundo dia consecutivo, animadas pelas expectativas de mais estímulos monetários na China e acompanhando os bons resultados de Wall Street na sessão de ontem. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,70% nesta quinta-feira. Na China, autoridades do banco central afirmaram que pretendem reduzir as taxas de compulsórios bancários para impulsionar a atividade econômica chinesa, em meio aos impactos da nova onda de covid-19. Comenta-se o corte de 50 pontos base no compulsório bancário, o que injetaria cerca de US$ 190 bilhões de liquidez no sistema financeiro chinês. O índice Xangai Composto apurou ganho de 1,11%, no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei teve alta de 1,22%, enquanto o Hang Seng subiu 0,67% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi ficou próximo da estabilidade e o Taiex avançou 0,32% em Taiwan.
Na Europa, os investidores esperam pela reunião de política monetária do BCE. Diante de uma inflação recorde de 7,5% ao ano, espera-se que confirme as apostas do mercado de iniciar a elevação dos juros ao término do programa de compra de ativos (QE), previsto para o 3º trimestre. Investidores também seguem atentos aos desdobramentos da guerra russo-ucraniana. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,12%. Em Paris e em Frankfurt, o CAC40 e o DAX sobem 0,36% e 0,18%, respectivamente. Em Londres, o FTSE100 exibe queda de 0,25%.
No mercado americano, os índices de inflação divulgados nos últimos dias passaram a ideia de que a inflação se aproxima de seu topo, com sinais de desaceleração da alta à frente. Essa percepção interrompeu o movimento de vendas no mercado de treasuries, reduzindo a remuneração desses papéis. O juro do T-Bond de 10 anos recuou três pontos base, estando em 2,68% ao ano. O índice DXY do dólar opera em baixa, nesta manhã, situando-se em 99,66 pontos, com queda de 0,22%, enquanto se espera pela decisão de política monetária do BCE e novos fatos sobre a guerra na Ucrânia. No momento, o dólar recuava a 125,36 ienes; enquanto o euro subia a US$ 1,0911/€ e a libra avançava a 1,3136/£. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em leve baixa, nesta manhã, enquanto se aguarda pela divulgação de balanços corporativos dando sequência a nova temporada de balanços trimestrais dos EUA. Devem divulgar balanços: Wells Fargo; Goldman Sachs e Morgan Stanley. Entre os indicadores econômicos que serão divulgados, destaque para as vendas do comércio varejista americano, referentes ao mês de março. Nesta manhã, o futuro do Dow Jones tem queda marginal de 0,02%; S&P 500 recua 0,06% e o Nasdaq sobe 0,27%.
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, num movimento de possível realização de lucros. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio cai 0,48%, negociado a US$ 103,75/barril.
No mercado doméstico, o Ibovespa deve abrir de lado à espera de definição de tendência para as bolsas americanas, ao mesmo tempo em que os investidores avaliam a decisão do governo em conceder reajuste de 5% para todos os servidores federais a partir do mês de julho, em mais um movimento que eleva os riscos fiscais. O dólar pode recuar, seguindo a tendência de queda diante das principais moedas, inclusive de emergentes no dia de hoje, enquanto os DIs devem continuar oscilando entre margens reduzidas, com ligeiro viés de alta.