Mercados abriram em baixa, nesta manhã, movidos mais por movimentos de realização de lucros do que motivados por eventos econômicos específicos.

Nos Estados Unidos, os índices futuros das principais bolsas de valores operam com variações muito próximas da estabilidade. O dólar cede terreno frente às principais moedas internacionais (dólar index: -0,12%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos recuou para 2,58%, reflexo da decepção com os fracos dados de vendas do comércio em abril, divulgados ontem.

Na Europa, resultados corporativos ditam o rumo das bolsas europeias, enquanto no mercado de moedas aguarda-se pela manifestação de dirigente do Bundesbank (banco central alemão), que pode sinalizar para uma ação do Banco Central Europeu (BCE) em junho, com medidas estimulativas à economia. O índice STOXX600 opera com queda de 0,20% no momento, seguido por Londres -0,08%, Paris -0,14% e Frankfurt -0,12%. O euro troca de mãos a US$ 1,3722, pouco acima do valor de ontem à tarde: US$ 1,3710.

Na Ásia, mercados fecharam majoritariamente em alta. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com ganho de 0,8%. Em Tókio, a divulgação do balanço de algumas empresas com resultados abaixo do esperado levou a uma correção técnica. Após as altas recentes, o índice Nikkei encerrou o pregão com queda de 0,14%. O dólar é negociado a 101,85 ienes no momento, contra 102,28 ienes, no final do dia de ontem. Na China, o governo pretende adotar medidas que estimulem os empréstimos no setor imobiliário, que vem dando sinais claros de perda de vigor. Investidores de Hong Kong se animaram com a informação, levando o índice Hang Seng a fechar com ganho de 1,03%. Em Xangai, no entanto, bolsa local acusou perda de 0,14%.

No mercado de commodities, o produto tipo WTI é negociado a US$ 101,98/barril (+0,28%), sustentando os ganhos obtidos ao longo dos últimos dias. Commodities em geral também operam em alta, com o índice geral subindo 0,32% no momento, com destaque para metais (+0,64%), agrícolas (+0,15%) e metais preciosos (+0,56%).

O bom desempenho das commodities, nesta manhã, pode dar alento a Bovespa, retomando a trajetória de alta. No mercado de câmbio, será divulgado o fluxo cambial da semana passada, que deverá mostrar nova entrada líquida de dólares no período, ambiente que prossegue favorecendo a sustentação do dólar em torno de R$ 2,22, no curto prazo. No mercado de juros, sem indicadores domésticos relevantes para esse mercado, os vencimentos mais longos devem mostrar ligeiro fechamento acompanhando o recuo dos juros longos americanos.