Hoje na Economia 14/06/2017

Hoje na Economia 14/06/2017

Edição 1786

14/06/2017

O grande destaque da agenda desta quarta-feira é a decisão de política monetária do Fed (Fomc), às 15hs. Espera-se que o colegiado eleve a taxa básica de juros americana pela segunda vez este ano, colocando-a na faixa de 1,00% a 1,25% ao ano. Os investidores deverão acompanhar os detalhes da comunicação da instituição – além do comunicado divulgado no final do encontro, Janet Yellen concederá entrevista coletiva às 15h30 – em busca de sinais mais claros em relação ao futuro da política monetária americana.

No mercado americano, além da reunião do Fomc, os investidores também acompanharão a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio (consenso: +2,0% A/A) e as vendas do comércio também de maio (consenso: 0,0% M/M), reforçando o cenário de crescimento moderado e baixas pressões inflacionárias. No momento, a Treasury de 10 anos recua para 2,198%, contra 2,207% ao ano no final da terça-feira. O dólar recua frente às principais moedas, pelo terceiro dia consecutivo, enquanto os futuros das principais bolsas de ações operam em discreta alta: Dow Jones +0,12%; S&P 500 +0,09%.

Na Ásia, investidores mostraram-se cautelosos, com a expectativa em torno da reunião do Fed permeando os negócios. No Japão, os negócios caminharam devagar, levando o índice Nikkei da bolsa de Tóquio a fechar com leve queda (-0,08%). O dólar foi cotado a 110,31 ienes ante 110,01 ienes no final da tarde de ontem. Na China, os dados de atividade divulgados nesta madrugada – produção industrial, vendas do comércio – mostraram acomodação da economia em maio, num sinal de estabilização do crescimento econômico. No mercado acionário, o índice Xangai Composto cedeu 0,73%, a maior queda em um só dia desde 10 de maio. Essa queda decorreu de investigações contra corrupção em empresas chinesas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,09%.

Na Europa, investidores mostram-se mais otimistas. O índice de ações pan-europeu sobe 0,57%, no momento, impulsionado pelos setores de tecnologia e de commodities. Foi divulgada a produção industrial da zona do euro, que subiu 1,4% na comparação anual, superando levemente as projeções do mercado. Demais bolsas da região também operam no azul: Londres +0,36%; Paris +0,93%; Frankfurt +0,60%. O euro troca de mãos a US$ 1,1209, mantendo-se no mesmo nível observado ontem à tarde.

Os futuros de petróleo operam em baixa. Repercutem o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), mostrando que a oferta global de petróleo teve alta de 585 mil barris por dia em maio, apesar dos esforços da Opep em reduzir a produção do grupo. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 45,90/barril, com queda de 1,21%.

O ambiente político carregado de incertezas deve reforçar a cautela dos investidores nesta quarta-feira, véspera de feriado. Além da expectativa criada em relação à denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prepara contra o presidente Michel Temer, está marcado para esta manhã (11h), na seda da Polícia Federal em Curitiba, o depoimento do ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A cada dia a crise política ganha novas dimensões, dificultando a avaliação de seu real impacto sobre a economia brasileira, empurrando o investidor para a defensiva.

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