Hoje na Economia – 14/07/2021

Hoje na Economia – 14/07/2021

As principais bolsas internacionais operam em baixa, nesta manhã. Repercute nos mercados a inflação ao consumidor nos EUA, que atingiu o maior nível desde 2008 com o dado de junho, divulgado ontem. Investidores ponderam até quando o Fed manterá a atual política monetária altamente estimulativa. Os mercados acionários também se ressentem dos resultados mistos apresentados pelos balanços de grandes bancos divulgados até agora.

Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única, num sinal de que o mercado à vista, talvez, não tenha força para recuperar das perdas de ontem. O futuro do Dow Jones opera com queda discreta de 0,06%, enquanto o S&P 500 avança apenas 0,03%; o Nasdaq sobe 0,28%. Observa-se ligeiro achatamento da curva de yield americana, com os juros do T-Note de 2 anos subindo para 0,25% ao ano, enquanto o juro do título de 10 anos recua para 1,40% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de moedas, tem leve recuo (-0,03%), flutuando em torno do patamar de 92,73 pontos. No mercado de moedas, o euro é negociado a US$ 1,1734, valorizando 0,07%, no momento; a libra inglesa vale US$ 1,3846, apreciando 0,23%; o iene japonês é negociado a ¥ 110,46/US$ com alta de 0,15%. A agenda americana prevê a divulgação da inflação ao produtor (PPI) de junho; o Livro Bege do Fed sobre as condições econômicas regionais; e o depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes (às 13h), quando deve apresentar o relatório semestral de política monetária.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, nesta quarta-feira, seguindo a queda de Wall Street ontem, afetada pelo salto da inflação americana, reavivando temores sobre aperto monetário nos EUA. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou perda de 0,20% na sessão de hoje. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,38%, enquanto o Hang Seng perdeu 0,63% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi desvalorizou 0,20% em Seul; o Taiex fechou perto da estabilidade em Taiwan. Na China, o Xangai Composto registrou queda de 1,07%, enquanto os investidores aguardam os indicadores de atividade de junho (produção industrial, vendas no varejo, taxa de desemprego) e o PIB do 2º trimestre, que serão divulgados nesta noite.

Na Europa, as bolsas locais abriram em baixa nesta quarta-feira, ampliando as perdas de ontem, com investidores temerosos de que a alta da inflação americana resulte em aperto da política monetária americana antes do esperado pelos mercados. O índice regional de ações, STOXX600, registra queda de 0,28%, no momento. Em Londres, o FTSE100 cai 0,52%; o CAC40 perde 0,18% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,14%. No Reino Unido, a inflação ao consumidor teve alta anual de 2,5% em junho, a maior variação desde fevereiro de 2018, superando as previsões dos analistas (2,2%).

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, em meio a preocupações com a disseminação da variante delta do novo coronavírus em alguns países, ameaçando a demanda global pela commodity. O contrato futuro do produto tipo WTI registra queda de 0,66%, negociado a US$ 74,74/barril.

Os mercados brasileiros devem ficar reféns da agenda americana. Destaque para o depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso americano. Será importante avaliar se permanece firme a disposição do Fed em manter a política monetária frouxa por longo tempo, após os sinais de alta persistente da inflação americana. Na agenda doméstica, o BC divulga o índice de atividade econômica (IBC-Br) de maio, que deve subir 1,10% m/m e 15,7% a/a, segundo as projeções dos analistas. São números que respaldam a expectativa de um bom crescimento para o 2º trimestre, corroborando projeções otimistas para o PIB neste ano.

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