Hoje na Economia – 14/07/2022

Hoje na Economia – 14/07/2022

Economia Internacional

Ontem, os mercados globais seguiram a tendência negativa dos últimos dias e operaram em leve queda em reflexo à surpresa altista com a inflação nos EUA.

O índice de inflação ao consumidor nos EUA avançou 1,3% M/M em junho, acima do esperado pelo mercado (1,1%), levando o acumulado em 12 meses ao patamar de 9,1%. Qualitativamente, a leitura foi de um dado ruim, com aceleração em serviços na margem e núcleos ainda consideravelmente pressionados. O número, somado ao payroll positivo divulgado na semana passada, suscitou discursos com tom ainda mais hawkish de membros do FED, que seguem preocupados com a dinâmica inflacionária. Bostic e Daly, ainda, abordaram a possibilidade de uma alta de juros de 100 pb na próxima reunião do FOMC, o que tende a aumentar a precificação de maiores altas na curva de juros americana.

O aumento de casos de Covid-19 na China após a descoberta de uma subvariante da Ômicron tem preocupado os mercados. Ontem, autoridades de Xangai pediram à população para estocar mantimentos para os próximos 14 dias ante a possibilidade de um novo lockdown. A incerteza quanto à situação sanitária na China deve ser mais um vetor negativo para commodities nos próximos dias e dificulta o processo de normalização das cadeias globais.

Hoje, será divulgada a inflação ao produtor de junho nos EUA ao qual o mercado espera alta de 0,8% M/M.

Economia Nacional

As vendas no varejo cresceram 0,1% M/M em maio, abaixo da expectativa do mercado, de 1%. No conceito ampliado, também houve surpresa negativa, com avanço de 0,2% M/M ante expectativa de 1,7%. A comparação interanual mostrou queda de 0,2% A/A do varejo restrito e de 0,7% A/A do ampliado. Na composição do dado, a maior queda foi observada em móveis e eletrodomésticos, que caíram 3% M/M. A surpresa negativa, todavia, não deve alterar o panorama de resiliência da atividade no 2º trimestre e os estímulos fiscais oriundos da PEC dos Auxílios devem impactar positivamente o setor varejista à frente.

Para hoje, a agenda econômica doméstica conta com a divulgação do IBC-Br de maio, que deve apresentar avanço de 4% A/A.

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