Hoje na Economia – 14/07/2023

Hoje na Economia – 14/07/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados divulgados ontem corroboraram a leitura dos mercados de resiliência do mercado de trabalho conjunta à descompressão inflacionária. A inflação ao produtor surpreendeu para baixo em junho ao mostrar variação inferior à esperada pelo consenso de mercado (0,1% M/M vs. 0,2% M/M), levando a inflação acumulada em 12 meses para 0,1%. O núcleo do PPI (Producer Price Index) subiu 0,1% M/M, em linha com o esperado e consistente com variação de 2,4% A/A. Os pedidos semanais de seguro-desemprego também vieram abaixo do esperado pelo mercado (237 mil contra 250 mil).

No overnight, o destaque foi a divulgação da balança comercial da Zona do Euro, referente a maio. O déficit de 0,9 bilhões de euros na série sazonalmente ajustada foi inferior ao dado anterior, que foi revisado de -7,1 bilhões para -8 bilhões de euros.

Hoje a agenda global reserva a divulgação de novos dados de inflação nos EUA. Os preços de importação recuaram 0,2% M/M em junho, abaixo do esperado pela mediana das projeções (-0,1% M/M) e compatível com queda interanual de 6,1%. Ainda será divulgada a leitura preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente ao mês de julho. É esperado que as expectativas de inflação de 1 ano recuem de 3,3% para 3,1%, enquanto as expectativas para a inflação de 5 a 10 anos à frente se mantenham em 3,0%. Goolsbee, do Fed, deve discursar hoje.

Economia Nacional

No âmbito local, a agenda de dados econômicos teve como destaque a divulgação das vendas no varejo em maio. No conceito restrito, o varejo registrou contração de -1,0% M/M, frustrando a expectativa mediana do mercado de variação de -0,3% M/M. A surpresa negativa no dado de maio teve contribuição do desempenho negativo das atividades de Hiper e Supermercados, que recuaram 3,2% no mês. No conceito ampliado, houve queda de -1,1% M/M, ante -0,8% M/M esperado, o que levou a variação interanual de 2,6% para 3,0%. Os dados ruins do varejo corroboram a visão de que o Banco Central do Brasil deve iniciar o ciclo de cortes em agosto. No entanto, o qualitativo ruim da inflação corrente, com resiliência de serviços, fortalece o prognóstico de cautela e parcimônia. Como resultado, esperamos corte de 25 pb em agosto, sucedido por aceleração no ritmo nas reuniões seguintes, que devem levar a Selic para 11.5% no final de 2023.

 

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