Hoje na Economia 14/09/2015

Hoje na Economia 14/09/2015

Edição 1357

14/09/2015

Mercados financeiros operam em alta hoje, em dia de pouca liquidez devido a feriado judaico.

Na Ásia, as bolsas fecharam em leve queda, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 0,1%, com preocupações com a economia chinesa. O índice de Xangai, na China teve queda de 2,67%, após serem divulgados dados de atividade mais fracos que o esperado. As vendas no varejo de agosto vieram acima das expectativas (10,8% A/A contra 10,6% A/A), mas a produção industrial veio abaixo (6,1% A/A contra 6,5% A/A) e o investimento em ativos fixos teve o menor crescimento em 15 anos. O índice Nikkei225 de Tóquio teve queda de 1,63%. O iene se valorizou contra o dólar hoje, 0,23%, cotado a ¥/US$ 120,31.

Na Europa, todas as bolsas operam em alta, com o índice pan-europeu STOXX600 subindo 0,29%. Há alta de 0,48% na bolsa de Londres, 0,31% na bolsa de Paris e 0,34% na bolsa de Frankfurt. O euro está perdendo valor diante do dólar, recuando 0,15% e cotado a US$/€ 1,1320.

Os mercados de commodities estão em ligeira queda, com o índice de commodities UBS/Bloomberg recuando 0,44%. A queda se deve aos dados chineses, também havendo apreensão quanto a uma possível alta de juros nos EUA. O preço do cobre recua 1,0%, e o do petróleo tipo WTI cai 0,11%, cotado a US$ 44,59/barril. Ainda assim as mineradoras sobem hoje ao redor do mundo, devido a alta no preço do minério de ferro.

Os mercados futuros americanos estão em alta, com o S&P500 subindo 0,29%. O grande evento na semana é a reunião do FOMC, com os economistas divididos quanto a possibilidade de o Fed subir juros nesta reunião (50% de chance na pesquisa da Bloomberg). O mercado financeiro embute uma chance menor, de 28% de chance de alta nesta reunião. Os juros de 10 anos estão em ligeira queda, a 2,183%. O dólar está praticamente estável, com o índice DXY subindo 0,05%. A reunião do FOMC ocorre na 5ª feira, e até lá serão divulgados diversos dados de atividade e inflação que devem ter grande influência nos mercados, com grande volatilidade.

No Brasil, hoje é esperado o anúncio pelo governo federal do plano de corte de gastos para 2016. Os jornais falam em algo da magnitude de R$ 20 bi, com o restante da cobertura do déficit projetado (R$ 30,5 bi), sendo feito por medidas de cortes de gastos que dependem do Congresso e por aumentos de impostos (que também dependem do Congresso). A semana tem divulgação de dados fiscais, de atividade, emprego e inflação agendados, que devem ter menos impacto no mercado financeiro que as notícias do cenário político ou do cenário econômico externo. Amanhã o presidente do BC, Tombini, comparece à CAE no Senado. Os ativos brasileiros podem se beneficiar da pouca liquidez mundial hoje e da possível diminuição de risco com o anúncio de corte de gastos pelo governo, com queda nos juros futuros, alta da bolsa e valorização do real. Essa melhora deve ser de pequena intensidade, no entanto, devido ainda à preocupação com a China e com a alta de juros nos EUA.

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