Hoje na Economia – 14/09/2023

Hoje na Economia – 14/09/2023

Cenário Internacional

Na China, o destaque do noticiário no overnight foi o anúncio de novos estímulos à economia, em especial no front monetário. O Banco Central chinês (PBoC) cortou em 25 pb a taxa das reservas bancárias compulsórias pela 2ª vez neste ano.

Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (ECB) elevou as suas taxas referenciais em 25 pb e surpreendeu a expectativa consensual dos analistas, que esperavam manutenção de juros na reunião de setembro. No comunicado, o comitê trouxe revisões baixistas para o crescimento do PIB em 2023, 2024 e 2025 e ajustes altistas para as projeções de inflação deste ano e do ano que vem, que seguem acima da meta de 2%. Em termos de sinalização, o ECB antecipou que pretende manter as taxas de juros nos patamares atuais por período suficientemente longo, em que pese o discurso de Lagarde, na entrevista coletiva após a decisão, de que ainda não se pode afirmar que o ciclo de aperto monetário tenha chegado ao fim.

Nos EUA, os dados de atividade e inflação divulgados nesta manhã vieram mais fortes do esperado pelos mercados. As vendas no varejo registraram alta de 0,6% M/M em agosto, excedendo a mediana das expectativas dos analistas, de 0,1% M/M. O grupo de controle também surpreendeu para cima em agosto (0,1% M/M contra -0,1% M/M). Os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram em 220 mil, ante 225 mil esperados. Quanto à inflação, os preços ao produtor variaram 0,7% M/M em agosto, acima do esperado (0,4% M/M) e do dado anterior (0,3% M/M), puxados pela alta nos preços de combustíveis. O núcleo da inflação ao produtor também veio mais alto do que o esperado (0,3% M/M vs. 0,2% M/M).

Cenário Brasil

No âmbito local, o destaque da agenda de dados econômicos, hoje, foi a divulgação do volume de serviços referente ao mês de julho, que mostrou avanço em linha com a expectativa mediana do mercado (0,5% M/M) e consistente com variação interanual de 3,5%. Os destaques positivos da leitura de julho foram o bom desempenho dos serviços prestados às famílias, que avançaram 1,0% na margem, e os serviços de transportes, que subiram 0,6% M/M. No todo, o dado corrobora alguma resiliência do setor de serviços e veio em linha com nossa visão de estagnação do PIB no 3° trimestre.

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