Hoje na Economia 14/10/2016

Edição 1623

14/10/2016

Dados bons na China levam mercados financeiros a iniciar sexta-feira com um tom mais otimista, recuperando-se da queda vista ontem.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. A inflação na China veio acima do esperado, com a inflação ao produtor ficando em +0,1% A/A (contra expectativa de -0,3% A/A e pela primeira vez no campo positivo desde jan/12) e a inflação ao consumidor em 1,9% A/A (contra expectativa de 1,6% A/A). O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 0,2%, com alta de 0,88% na bolsa de Hong Kong, 0,49% no índice Nikkei225 do Japão e 0,08% na bolsa de Xangai (que não havia caído ontem). O iene está se desvalorizando contra ao dólar (0,64%, cotado a 104,37), enquanto o Yuan está praticamente estável contra o dólar.

Os preços de commodities estão em alta hoje, reagindo aos dados chineses melhores que o esperado. O índice geral da Bloomberg sobe 0,37%. O preço do barril de petróleo tipo WTI sobe 1,1%, cotado a US$ 51,01, ajudado pelas notícias da China e pelos dados de estoques de petróleo, que mostraram queda ontem.

Na Europa, as bolsas operam em alta, seguindo as boas notícias da Ásia e também com notícias de fusões no setor bancário. Ações de empresas ligadas a commodities também sobem. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 1,48%, o índice FTSE100 de Londres 0,75%, o CAC40 de Paris 1,86% e o DAX de Frankfurt 1,61%. O euro está se depreciando contra o dólar, -0,34%, cotado a 1,1018.

Nos EUA, os futuros das bolsas estão em alta, com o S&P500 avançando 0,49% e o Dow Jones 0,68%. Os juros das Treasury de 10 anos estão alta, a 1,771% a.a.. O dólar está ganhando valor contra a maioria das moedas de países desenvolvidos, com o índice DXY subindo 0,30%. As moedas de países emergentes, de forma geral, têm leve valorização hoje. Hoje devem sair dados de vendas no varejo e a presidente do Fed faz um discurso à tarde, com os dois eventos podendo afetar os mercados.

No Brasil, não é esperada a divulgação de nenhum dado importante hoje. A bolsa brasileira deve subir novamente hoje, ajudada pelo aumento de preços de commodities e diminuição de aversão ao risco com os dados chineses melhores. O real deve seguir se valorizando, provavelmente sendo ajudado pelo fluxo cambial com a repatriação de recursos, e também seguindo o caminho das outras moedas de países emergentes. Os juros futuros brasileiros devem ter leve queda hoje, havendo pouco espaço para quedas adicionais.