Hoje na Economia 14/11/2016

Hoje na Economia 14/11/2016

Edição 1643

14/11/2016

Mercados financeiros globais ainda seguem sentindo os efeitos da eleição surpreendente de Donald Trump nos EUA, com aumento de juros nos países desenvolvidos e de preços de commodities.

Na Ásia, mercados terminaram o dia em queda, com receio de medidas protecionistas e também ainda reagindo ao fim do carry-trade com aumento de juros futuros nos EUA. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 1,7%, após o PIB surpreender para cima (2,2% contra expectativa de 0,8% anualizado) e com a depreciação do iene (-1,10%, a 107,83 contra o dólar). A bolsa de Xangai subiu 0,45%, após dados razoáveis de atividade (a produção industrial e as vendas no varejo vieram abaixo das expectativas, mas os investimentos vieram próximos da projeção). O índice MSCI Asia Pacifico caiu 0,4%, com recuo em outras bolsas, em especial de países que dependiam do carry-trade, como Indonésia.

Na Europa, as bolsas operam em alta, em meio à especulação sobre medidas de estímulos que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, poderá tomar depois de assumir o cargo em janeiro. O índice STOXX600 registra valorização de 0,84%, nesta manhã. Em Londres, o índice de ações FTSE100 sobe 1,05%; em Paris o CAC40 sobe 1,21%; em Frankfurt o DAX sobe 0,98%. O euro troca de mãos a US$ 1,0754, depreciando-se 0,91% contra o dólar.

Nos EUA, os juros futuros seguem em alta, com a Treasury de 10 anos subindo 8 bp, a 2,23% a.a., enquanto a Treasury de 30 anos ultrapassou a barreira de 3,00% a.a. pela primeira vez desde janeiro. O dólar ganha força contra outras moedas por causa desse aumento de juros futuros, com o índice DXY subindo 0,76%. Os índices futuros das bolsas americanas estão em alta, com o S&P500 subindo 0,36% e o Dow Jones 0,60%.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg de Commodity registra alta de 0,10%, com a queda no preço de petróleo (-0,41% no caso do WTI, com barril a US$ 43,22) sendo compensada pela alta de preços de commodities metálicas (minério de ferro atingiu nova máxima no ano).

No Brasil, a saída de estrangeiros por causa do aumento de taxa de juros nos EUA deve levar o real a voltar a abrir depreciando e os juros futuros a subirem. Pode haver nova intervenção do Banco Central para tentar controlar a depreciação do dólar, como houve na sexta-feira. A bolsa brasileira deve ter queda mais contida que outros ativos, devido ao aumento de preços de commodities.

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