Hoje na Economia – 14/11/2019

Hoje na Economia – 14/11/2019

Edição 2383

14/11/2019

Mercados operam entre altos e baixos, nesta manhã de quinta-feira. Investidores avaliam o impasse nas negociações comerciais entre americanos e chineses, os fracos resultados econômicos divulgados na China e a persistência da agitação popular em Hong Kong.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou o pregão com queda de 0,5%, com destaque para queda de produtos manufaturados. O dialogo comercial entre EUA e China atingiu impasse em função de divergências sobre compras agrícolas, piorando a possibilidade de os dois países fecharem a chamada “fase 1” de um acordo comercial nas próximas semanas. Na China, dados oficiais mostraram que a produção industrial teve expansão anual de 4,7% em outubro, ficando abaixo do avanço de 5,2% previsto pelos analistas. Também decepcionaram as vendas no varejo chinês em outubro e os investimentos em ativos fixos no acumulado dos dez primeiro meses do ano. Apesar desses resultados fracos, os mercados chineses fecharam em alta. O índice Xangai Composto subiu 0,16%. No Japão, o índice Nikkei teve queda de 0,76% em Tóquio; o Hang Seng caiu 0,93% em Hong Kong, pressionado pela escalada de violências na cidade. Em Taiwan, o Taiex cedeu 0,15%, mas o sul-coreano Kospi se valorizou 0,79% em Seul.

Na Zona do Euro, o PIB cresceu 0,2% no 3º trimestre deste ano, vindo ligeiramente acima da previsão dos analistas. Na comparação anual, o PIB do bloco avançou 1,2% no 3º trimestre. Na Alemanha, o PIB cresceu 0,1% no 3º trimestre surpreendendo os analistas que previam queda de 0,1% no período, o que colocaria o país em recessão técnica. Mas o impasse comercial entre EUA e China e os dados chineses fracos empurraram as bolsas locais para o vermelho, no início do pregão. O índice STOXX600 recua 0,15%, no momento. Londres perde 0,46%; Paris tem queda discreta de 0,02%; Frankfurt perde 0,27%, O euro é negociado a US$ 1,0991 de US$ 1,1008 de ontem à tarde.

No mercado americano, o menor apetite ao risco mantém os yields das Treasuries em queda. Nesta manhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,834% ao ano, com queda de 2,75%. O dólar sustenta os avanços dos últimos dias diante das principais moedas. O índice DXY recua discretos 0,05%, situando-se em 98,33 pontos. No mercado futuro de ações, principais índices mostram quedas moderadas: Dow Jones -0,14%; S&P 500 -0,16%; Nasdaq -0,15%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, estimulados pelas quedas nos estoques americanos apresentados pela American Petroleum Institute (API). No momento, o contrato futuro de petróleo WTI é negociado a US$ 57,52/barril, com alta de 0,73%.

Sinais de enfraquecimento adicional da economia da China e impasse no acordo comercial entre China e EUA devem pesar sobre a Bovespa, que pode iniciar o pregão em baixa, seguindo a tendência ditada pelos futuros de ações americanos. O Banco Central divulga o IBC-Br de setembro que deve dar uma visão da atividade em setembro, bem como da evolução da economia no 3º trimestre. Segundo as estimativas do mercado, o IBC-Br de setembro deve subir 0,30% em bases mensais e 1,7% em relação a setembro de 2018.

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