Hoje na Economia – 14/11/2024
Hoje foi divulgado o dado de produção industrial na Zona do Euro. O dado veio mais fraco que esperado (-2% M/M contra -1,4% M/M esperado). Nos EUA, Adriana Kugler, do FOMC, adotou um discurso mais dovish que seus companheiros que falaram ontem (Schmid, Musalem, Logan, Kashkari), que estão mais preocupados com uma taxa de juros terminal possivelmente maior. Kugler falou que o FOMC tem de dar atenção tanto à inflação quanto ao emprego, e que o mercado de trabalho está desacelerando. Na agenda de hoje os destaques são a divulgação da inflação ao produtor (expectativa de alta de 0,2% M/M no índice cheio e núcleo) e o discurso do presidente do Fed, Powell, à tarde.
Economia Brasileira
O futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, participou de evento ontem, indicando novamente que o BC não tem forward guidance, mesmo com o linguajar da ata falando em prolongamento do ciclo em caso de deterioração adicional de expectativas. O atual presidente, Roberto Campos Neto, em entrevista em jornal, também ressaltou que não há fala explícita em aceleração de ritmo, mas também indicou que a situação econômica brasileira se deteriora à medida que medidas fiscais demoram para ser anunciadas.
Em relação ao pacote fiscal de contenção de gastos, notícias de jornais indicam que seu tamanho seria em torno de R$ 70 bi, com R$ 30 bi de menor gasto em 2025 e R$ 40 bi em 2026. O anúncio desse pacote deve ficar para depois da reunião do G20 no Brasil.
Hoje saíram o IGP-10 e o IBC-Br. O IGP-10 de outubro veio próximo da expectativa de mercado (1,45% M/M conta 1,46% M/M), ainda com pressão de alta nos preços agrícolas. O IBC-Br de setembro veio mais alto que esperado (0,8% M/M contra 0,5% M/M). O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, fará duas palestras por videoconferência, às 13 horas e 14 horas.