Hoje na Economia 14/12/2012
Edição 690
14/12/2012
Indicadores preliminares sobre a atividade econômica, divulgados nesta manhã na China e na Europa, mostram que a produção industrial ganhou força nessas regiões, reforçando o cenário de que o pior da recessão mundial ficou para trás. Nos Estados Unidos, hoje serão conhecidos os dados sobre a produção industrial em novembro, que segundo o consenso do mercado, deverá mostrar atividade em expansão (+0,3% MoM).
Sem perder de vista as negociações sobre o abismo fiscal americano, os investidores buscam ativos de riscos no dia de hoje. Os futuros das bolsas S&P e D&J operam em alta de 0,24% e 0,25%, respectivamente. O dólar permanece relativamente estável frente às principais moedas,
enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos subiu para 1,728% ao ano.
Na Europa, o PMI-manufatura de novembro (preliminar), divulgado hoje, continua mostrando atividade industrial em contração na região, ainda que em ritmo menor. O índice pan-europeu STOXX600 flutua em torno da estabilidade, o mesmo ocorrendo com a bolsa de Londres. Paris recua 0,13%, mas Frankfurt sobe 0,21%. O euro é negociado a US$1,3084/€, mantendo-se relativamente estável ante as principais moedas, nesta manhã.
Na China, o PMI/HSBC-manufatura subiu de 50,5 em outubro para 50,9 em novembro, atingindo o maior nível em 14 meses. O otimismo gerado pelo indicador, mostrando que a atividade econômica chinesa ganha força, levou a bolsa de Xangai a subir 4,32% no pregão de hoje, a mais forte alta desde outubro de 2009. Em Hong Kong, bolsa local fechou com ganho de 0,71%. No Japão, às vésperas de eleições gerais, o índice Nikkei encerrou o dia com ligeira baixa (-0,05%), resultante de intensa realização de lucros. O iene continua perdendo valor diante das principais moedas, sendo negociado a ¥ 83,84/US$ e ¥ 109,61 por euro.
Os sinais positivos sobre a economia chinesa estimularam os negócios no mercado de commodities. O petróleo tipo WTI sobe 0,92% nesta manhã, sendo negociado a US$ 86,68/barril. O índice de commodities total registra valorização de 0,35%, sendo que metais sobem 0,28% e agrícolas 0,37%.
A Bovespa deverá se beneficiar das boas notícias oriundas da economia chinesa, bem como da alta registrada pelo petróleo e pelas principais commodities. No mercado de câmbio, a continuidade de remessas feita por empresas para o exterior, típicas desta época do ano, deve manter o valor do dólar pressionado frente à moeda brasileira. No mercado de renda fixa, atenção para divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), que deverá subir 0,3% em outubro, segundo as projeções do mercado, após queda de 0,52% em setembro. Esse número não deverá alterar as apostas em Selic estável por longo período de tempo.
Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
www.sulamericainvestimentos.com.br