Hoje na Economia 14/12/2018

Hoje na Economia 14/12/2018

Edição 2157

14/12/2018

Dados decepcionantes sobre atividade econômica na China dão o tom pessimista para os negócios no dia de hoje. A produção industrial chinesa subiu 5,4% em novembro na comparação anual, abaixo do esperado pelos analistas (5,9%), enquanto as vendas do comércio subiram 8,1% no mês, desempenho menor do que projetado pelo mercado (8,8%). Por outro lado, os investimentos chineses em ativos fixos registraram avanço de 5,9% entre janeiro e novembro ante igual período do ano passado, superando as projeções dos analistas (5,8%).

O enfraquecimento da economia chinesa, reforçando o cenário de desaceleração do crescimento global, empurrou as bolsas de ações da Ásia para o vermelho. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific recuou 1,4%, praticamente diluindo os ganhos dos últimos dias. O principal índice acionário da China, o índice Xangai Composto, terminou o dia em baixa de 1,53%, apagando os ganhos acumulados na semana. Em Tóquio, o Nikkei caiu 2,02%, pressionado por ações de tecnologia e telecomunicações. O dólar recuou para 113,57 ienes, de 113,61 ienes do fim da tarde de ontem. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng recuou 1,62% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi teve queda de 1,25% em Seul; em Taiwan, o Taiex cedeu 0,86%, no pregão de hoje.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa significativa, nesta manhã, acompanhando as quedas observadas nos mercados asiáticos, em reação aos fracos dados econômicos divulgados na China. No momento, o índice futuro do Dow Jones opera com queda de 0,70%; do S&P 500 recua 0,73%; Nasdaq perde 0,95%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,877%, recuando ante a variação de 2,909% de ontem à tarde. O índice DXY, que segue o valor do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, encontra-se em 97,56, sinalizando valorização da moeda americana (+0,56%), no momento. Na agenda econômica, serão divulgados os resultados das vendas do comércio varejista de novembro, que deve mostrar alta de 0,1% na comparação mensal (0,8% em outubro). O chamado grupo de controle, que exclui as vendas de gasolina, autos e materiais de construção, deve subir 0,4% no mês (0,3% em outubro), refletindo o bom desempenho do consumo das famílias americanas no período.

Na Europa, os preliminares dos PMIs de novembro vieram mais baixos do projetado pelos analistas. O índice de gerentes de compras (PMI) composto, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, caiu de 52,7 em novembro para 51,3 em dezembro, atingindo o menor nível em 49 meses. Por conta desses dados decepcionantes, o euro ampliou suas perdas nesta manhã. O euro recuou para US$ 1,1298 de US$ 1,1363 no fim da tarde de ontem. No mercado de ações, as bolsas da região segue a tendência de baixa ditada pelas bolsas asiáticas e futuros americanos. O índice pan-europeu de ações STOXX600 tem queda de 1,21%, no momento. Principais praças também operam no vermelho: Londres -1,14%; Paris -1,33%; Frankfurt -1,46%.

O enfraquecimento da economia chinesa derrubou os preços das commodities. O índice Geral de Commodity da Bloomberg recua 0,96%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em janeiro é negociado a US$ 52,33/barril, caindo 0,48%.

A queda de importantes indicadores de atividade na China, derrubando as cotações das commodities, deve impor trajetória de baixa ao Bovespa na sessão de hoje, à semelhança do que ocorre nas principais bolsas internacionais. O dólar deve abrir em alta ante o real, influenciado pelo cenário externo, enquanto o mercado de juros futuros deve ser influenciado pelo comportamento da moeda americana, bem como das Treasuries, para definir uma tendência para hoje.

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