Hoje na Economia 15/01/2013

Hoje na Economia 15/01/2013

Edição 708

15/01/2013

Investidores dão preferência aos ativos de menor risco nesta manhã, ressabiados pelas declarações do Secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, de que a eventual não elevação do teto de endividamento (debt ceiling) se constituiria em séria ameaça a recuperação da economia americana, podendo leva-la de volta à recessão.

Os índices futuros das principais bolsas americanas operam em queda no momento – S&P – 0,16% e D%J -0,10% – enquanto o dólar mostra-se estável em relação às principais moedas. Na agenda econômica, destaque para as vendas ao varejo de dezembro que segundo o consenso devem ter aumentado 0,2% na comparação mensal. A inflação ao produtor (PPI) deve ter acumulado alta de 1,4% em 2012. Excluindo os preços de energia e alimentos, o PPI Core acumulou alta de 2,1% no ano, segundo as projeções do mercado.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em ligeira baixa no momento (- 0,07%). Londres e Paris registram queda de 0,4% e 0,9%, respectivamente, enquanto Frankfurt perde 0,17%. O PIB da Alemanha cresceu apenas 0,7% em 2012 (+3,0% em 2011) em meio a um aprofundamento da recessão na zona do euro. A moeda comum é negociada a 1,3363 euros por dólar, com queda de 0,15% nesta manhã.

Na Ásia, destaque para a bolsa japonesa, onde o Nikkei operou maior parte do pregão em forte alta, fechando o dia com ganho de 0,72%, estimulado pelas empresas exportadoras. O iene recuperou parte das perdas recentes, se apreciando ante ao dólar, voltando a ser cotado a ¥ 88,74/US$. (+0,84%). Na China, a bolsa de Xangai apurou valorização de 0,60%, estimulada pelas expectativas positivas que cercam os resultados das empresas que serão conhecidos nas próximas semanas. Em Hong Kong, a bolsa local fechou com queda de 0,14%.

No mercado de petróleo, o produto WTI, após ter devolvido parte dos ganhos recentes, encontra-se estabilizado nesta manhã, com seu preço flutuando em torno de US$ 94,16/barril. Demais commodities operam em queda: metais -0,19% e agrícolas -0,31%.

Em um dia de maior aversão ao risco e commodities em queda, a Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pelos principais mercados, devendo iniciar os negócios no terreno negativo, nesta manhã. No mercado de câmbio, fluxo externo negativo e balança comercial negativa neste início de ano impõem viés de depreciação para o real. Mas o BC deverá se manter vigilante, impedindo que a cotação do dólar escape do valor de R$ 2,03. No mercado de juros, com o Copom sendo um evento neutro, os investidores voltam-se para as chuvas e a melhora na elevação dos reservatórios, implicando em ajuste para baixo nos diferentes vértices da curva de juros futuros. Na agenda, divulgação das vendas ao varejo de novembro (consenso: +0,2% MoM), que não deve interferir na aposta de Selic estável.

Superintendência de Economia
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