Hoje na Economia 15/01/2019

Hoje na Economia 15/01/2019

Edição 2174

15/01/2019

Investidores mostram-se mais propensos à tomada de risco nesta terça-feira, motivados pela promessa do governo da China de adotar novas medidas de estímulo econômico, atenuando temores quanto à eventual desaceleração mais forte da economia global.

Em Pequim, autoridades econômicas informaram que devem promover redução de impostos, intensificar gastos em infraestrutura e melhorar as condições de crédito para pequenas empresas, objetivando impedir uma maior desaceleração da economia, dentro do objetivo de manter o PIB crescendo entre 6,0% e 6,5%, neste ano.

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta de 1,0%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,36%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou ganho de 2,02%. No Japão, o Nikkei teve alta de 0,96%, depois de não operar ontem devido a feriado nacional. O dólar subiu para 108,63 ienes de 108,21 ienes no fim da tarde de ontem. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 1,58% em Seul, atingindo o maior nível em seis semanas; o Taiex subiu 1,01% em Taiwan.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, sugerindo uma abertura positiva dos mercados americanos após acumularem perdas nos dois últimos pregões, devido temores de uma desaceleração da economia mundial. O anúncio feito pelo governo chinês de ampliar esforços para evitar maior desaceleração da segunda maior economia do mundo está dando sustentação aos futuros de Nova York. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,55%; do S&P 500 avança 0,47%; Nasdaq ganha 0,59%. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,70%, mesmo patamar de ontem à tarde. O dólar tem leve apreciação frente às principais moedas, segundo o índice DXY que sobe 0,05%, no momento. A agenda dos EUA desta terça-feira traz balanços dos bancos JPMorgan e Wells Fargo e os últimos números da inflação ao produtor, o chamado PPI, que segundo o consenso deve ter fechado 2018 com alta de 2,5% para o índice cheio e 3,0% para o seu núcleo (Core PPI).

Na Europa, bolsas operam em alta moderada dada as preocupações que cercam o Brexit, que entra em seus momentos decisivos. Hoje no Parlamento britânico, entre às 17h e 19h de Brasília, deverá ser votado o acordo de Brexit fechado entre a primeira-ministra, Theresa May, e líderes da União Europeia. Como as apostas são de que May será derrotada, especula-se sobre a possibilidade de que a data final de 29 de março para a retirada do Reino Unido da UE seja adiada ou mesmo que o Brexit não ocorra. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,26%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,09%; em Paris, o CAC40 avança 0,49%; em Frankfurt, o DAX tem ganho de 0,26%. O euro é negociado a US$ 1,1457, recuando ante ao valor de US$ 1,1468 de ontem à tarde. A Libra avança para US$ 1,2869 de US$ 1,2863 do fim da tarde de ontem.

Os contratos futuros de petróleo retomam a trajetória de alta, diante do cenário de maior estímulo econômico na China, podendo afastar o fantasma de uma queda maior da economia global. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 50,85/barril, com alta de 0,67%.

A Bovespa deve manter a trajetória de alta, acompanhando o bom humor resultante do eventual anúncio de medidas de estímulo econômico na China, bem como devido ao otimismo em relação à agenda de reformas do governo Bolsonaro. Nesta manhã, o IBGE divulga as vendas no varejo de novembro, que segundo as projeções do mercado devem ter subido 1,0% em relação ao mês anterior, equivalente à alta de 2,2% em relação a igual mês de 2017.

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