Hoje na Economia 15/03/2018

Hoje na Economia 15/03/2018

Edição 1971

15/03/2018

Os mercados de ações iniciaram, esta quinta-feira, sem um direcional claro, com investidores preocupados com os desdobramentos decorrentes do avanço protecionista do governo Trump e sinais de que o consumo vem perdendo força na economia americana.

Na Ásia, as bolsas de ações não mostraram trajetória única, com investidores atentos às novas medidas protecionistas que o governo Trump pode anunciar a qualquer momento. Rumores dão conta de que os EUA poderão impor tarifas a produtos chineses no valor de US$ 60 bilhões, além de buscar reduzir em US$ 100 bilhões seu déficit comercial com a China. Amanhã também começou com preocupações com a saúde da economia americana, após as vendas ao varejo permanecerem em desaceleração pelo terceiro mês consecutivo, num sinal de fraqueza crescente das despesas com consumo nos EUA. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com queda de 0,4%. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio, após iniciar um pregão em forte baixa, se recuperou à medida que o iene se enfraqueceu diante do dólar, fechando o dia com alta marginal de 0,12%. Na China, o índice Xangai Composto fechou praticamente estável (-0,01%). Em Hong Kong, após um início em queda, o Hang Seng fechou com valorização de 0,34%. Em Seul, o índice Kospi subiu 0,25%, enquanto em Taiwan, o Taiex perdeu 0,18%.

Na Europa, bolsas locais operam majoritariamente em alta, com investidor atento aos acontecimentos nos EUA, envolvendo não só o avanço do protecionismo do governo Trump, como também as recentes mudanças no alto escalão do governo. O índice STOXX600 registra valorização de 0,36%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,29%, enquanto a libra se valoriza diante do dólar e euro em razão da possibilidade de o Reino Unido contar com dois "anos de graça" quando deixar a União Europeia. Em Paris, o CAC40 avança 0,51%, enquanto em Frankfurt o DAX tem alta de 0,66%. O euro é cotado a US$ 1,2358, com discreta queda de -0,06%.

No mercado norte-americano, os índices futuros de ações apontam para um dia de recuperação, após as quedas de ontem. O futuro do S&P 500 opera com alta de 0,13%; o Dow Jones sobe 0,27%; o Nasdaq avança 0,16%, no momento. O yield da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,817%, permanecendo no mesmo patamar observado no final da tarde de ontem. O dólar mostra discreta oscilação diante da cesta de moedas, com o índice DXY registrando alta de 0,06%. O tom dos mercados deve ser influenciado pela confirmação, ou não, de nova rodada de medidas protecionistas adotadas pelo presidente Donald Trump, visando à China.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 61,01/barril, com discreta alta de 0,05%. O índice Geral de Commodities Bloomberg opera estável, com destaque para quedas nos metais básicos (-0,14%) e agrícolas (-0,38%).

Nos mercados locais, a Bovespa deve sofrer as consequências dos desdobramentos dos impulsos protecionistas de Trump visando à China, além de captar os reflexos do balanço da Petrobrás, que será divulgado antes da abertura. No mercado de juros, atenção para a divulgação do IGP-10 de março, que deve mostrar alta de 0,44% no mês (0,23% em fevereiro), segundo as projeções do mercado.

Topo