Hoje na Economia – 15/04/2025

Hoje na Economia – 15/04/2025

Cenário Internacional

Ontem o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que pode dar algum alívio ou interromper temporariamente as tarifas sobre carros. Isso ajudou diversas bolsas do mundo a subirem tanto ontem quanto na madrugada, no caso das asiáticas. Ao mesmo tempo, a secretaria de comércio dos EUA começou a investigar o comércio externo de semicondutores e farmacêuticos, o que pode indicar a disposição para colocar tarifas sobre esses setores.

O governo chinês ordenou que suas empresas interrompessem as encomendas de aviões da Boeing, em mais uma escalada da guerra comercial entre as duas principais economias do mundo.

Na Europa, os dados de atividades relativos a fevereiro vieram bons, mas os qualitativos relativos a abril vieram piores. A produção industrial surpreendeu positivamente (-1,1% M/M contra +0,3% esperado), em boa parte por conta do dado volátil da Irlanda (que subiu mais de 10% M/M). A pesquisa sobre empréstimos bancários mostrou vontade dos bancos em emprestar para clientes pessoas físicas e diminuição da restrição de crédito. Por outro lado, pesquisas de sentimento com empresários mostraram deterioração, com o levantamento ZEW caindo de 39,8 para -18,5 em abril, interrompendo a alta dos meses anteriores e refletindo a piora de perspectiva após o anúncio de tarifas recíprocas dos EUA.

A agenda de mercado hoje é mais esvaziada, contando apenas com a divulgação dos dados de preços de importação dos EUA de março. A expectativa é de números ainda baixos (0,3% M/M no índice sem petróleo, contra 0,4% M/M do mês anterior), não refletindo plenamente os aumentos de tarifas feitos até então (apenas sobre China e parcialmente sobre Canadá e México, além de algumas tarifas setoriais).

 

Cenário Brasil 

O IGP-10 foi divulgado hoje, ficando acima do esperado (-0,22% M/M contra expectativa de -0,30% M/M). Houve desaceleração nos preços ao produtor e ao consumidor, e aumento ligeiro nos custos de construção.

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 deve ser divulgado hoje. A expectativa é de manutenção das metas de primário do ano passado (0,25% de superávit), devido a falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, como dito ontem, o texto deve prever um salário-mínimo de R$ 1.627 para o próximo ano, o que representa um reajuste de 7,18% em relação ao piso atual, fixado em R$ 1.518.

Topo