Hoje na Economia 15/05/2014

Hoje na Economia 15/05/2014

Edição 1029

15/05/2014

Em um dia de agenda carregada, o expediente começa com notícias decepcionantes oriundas da Europa. O PIB da zona do euro cresceu 0,2% no 1T14, metade do esperado pelos analistas e igual à expansão observada no último trimestre de 2013. Esse resultado, somado a baixa taxa de inflação prevalecente (0,7% A/A em abril), aumenta as pressões sobre o Banco Central Europeu (BCE) para adotar medidas adicionais de flexibilização monetária.

Por conta disso, o euro recuou para US$ 1,3651, atingindo o mais baixo nível desde o início deste ano. Ontem à tarde a moeda comum era cotada a US$ 1,3718. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 recua 0,10% no momento, acompanhado por Londres -0,05%, Paris -0,29% e Frankfurt -0,08%.

Nos Estados Unidos, os futuros do S&P e D&J registram oscilações discretas no momento (-0,11% e -0,06%, respectivamente), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,53% ao ano e o dólar se aprecia frente às principais moedas (dólar index: +0,26%), por conta, principalmente, da fraqueza do euro. Esses mercados poderão ganhar maior definição ao longo do dia após a divulgação de importantes indicadores. Serão conhecidos a produção industrial (consenso:+0,0% MoM) e a inflação ao consumidor (consenso:+2,0% A/A), ambos referentes a abril, bem como o indicador de atividade do Fed de NY, que em maio atingiu 6,0 (1,29 em abril), segundo as projeções, mostrando aceleração da industria manufatureira da região.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou praticamente estável, refletindo a queda das bolsas nos EUA ontem e a boa notícia vinda do Japão, onde o PIB cresceu 5,9% anualizado no 1T14, batendo as estimativas do mercado (4,2% anualizado). Mesmo assim, a bolsa de Tókio fechou com perda de 0,75%, onde pesaram os fracos resultados divulgados por importantes empresas. O dólar é negociado a 101,92 ienes no momento, mesmo patamar observado ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai apurou perda de 1,12%, enquanto em Hong Kong, mercado de ações local fechou com ganho de 0,66%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI devolve parte dos ganhos da semana, sendo negociado a US$ 101,93/barril (-0,43%). Tendência de queda também é observada nas demais commodities: metais -0,94%; agrícolas -0,21%; metais preciosos -0,17% e energéticas -0,20%.

Nos mercados brasileiros, as atenções se concentrarão no mercado de renda fixa. Será divulgado o IGP-10 de maio, que deverá mostrar alta de 0,29%, com forte desaceleração ante ao mês anterior (1,19%). O IBGE divulgará as vendas do comércio em março, que devem ter se mantido no mesmo nível do mês anterior. Finalmente, Alexandre Tombini profere palestra no Seminário de Metas de Inflação no RJ. São eventos que podem consolidar apostas na manutenção da Selic em 11% na reunião do Copom deste mês. Para a Bovespa, o ambiente internacional desfavorável para as ações pode propiciar oportunidade para alguma realização de lucros.

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