Hoje na Economia – 15/05/2023
Economia Internacional
Nos EUA, a divulgação preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a maio, na última sexta-feira, frustrou as projeções de mercado, mostrando combinação entre piora de confiança do consumidor e aumento nas expectativas de inflação. O índice de confiança caiu de 63,5 para 57,7, ante 63 esperado, puxado por queda mais intensa do componente de expectativas, que saiu de 60,5 para 53,4. A expectativa para a inflação de 1 ano à frente veio acima do esperado (4,5% contra 4,4%), assim como a expectativa para o prazo de 5 a 10 anos, que subiu de 3,0% para 3,2%, ante 2,9% esperado. Também divulgados na sexta-feira, os dados de inflação de bens importados vieram acima do esperado pelo mercado. Os preços de importação avançaram 0,4% M/M em abril, excedendo a projeção de 0,3% M/M. O núcleo que exclui petróleo teve variação de -0,1% M/M, ante expectativa de -0,3% M/M.
Na China, o volume de empréstimos de médio prazo concedidos pelo Banco Central chinês (PBoC) a instituições financeiras nas duas primeiras semanas de maio foi superior ao esperado pelo mercado (125 bilhões de yuans vs. 100 bilhões), mas desacelerou em relação ao dado anterior (170 bilhões). O PBoC também manteve a taxa de empréstimo de médio prazo em 2,75%, conforme o esperado.
Na Zona do Euro, a produção industrial retraiu 4,1% M/M em março, desviando da estimativa mediana do mercado de queda de 2,8% M/M. Na comparação interanual, a produção industrial acumula contração de 1,4%. A surpresa negativa no dado de março foi tracionada pela produção de bens de capital, que teve queda de 15,4% M/M.
Hoje a agenda internacional conta com a divulgação do Empire Manufacturing de maio, nos EUA. Bostic e Kashkari, do Fed, devem discursar.
Economia Nacional
Relatório Focus desta segunda-feira não trouxe maiores destaques em termos de revisões das expectativas de inflação ao longo do horizonte relevante para a política monetária. O consenso para o IPCA deste ano subiu 1 pb, de 6,02% para 6,03%, enquanto a expectativa para o IPCA de 2024 caiu na mesma magnitude, de 4,16% para 4,15%. A inflação esperada para 2025 e 2026 permaneceu estável em 4%. Em relação à trajetória de juros, houve revisão da estimativa para a meta da Selic de 2026, que saiu de 9% para 8,75%.
Com a agenda de dados econômicos pouco movimentada hoje, os mercados seguem atentos ao noticiário político, em especial o fluxo de notícias associado ao front fiscal.