Hoje na Economia 15/06/2016

Hoje na Economia 15/06/2016

Edição 1538

15/06/2016

Mercados financeiros iniciam o dia com tom mais otimista, mesmo com algumas notícias ruins. Algum ajuste após as fortes quedas dos últimos dias está sendo feito nos preços dos ativos, mesmo que temporariamente.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,1%. O MSCI não aceitou o pedido da China de incluir suas bolsas nos seus índices, o que levou a bolsa chinesa inicialmente a cair e o yuan a se desvalorizar. Esses movimentos foram revertidos no entanto, com forte especulação de intervenção de fundos estatais para evitar uma queda. A bolsa de Xangai terminou o dia com alta de 1,58% e o Yuan se valorizou 0,21% contra o dólar. Dados econômicos chineses vieram sem direção única, com empréstimos bancários acima do esperado mas crédito total com menor crescimento que esperado. No Japão, o iene está se depreciando 0,17%, cotado a ¥/US$ 106,29. A bolsa japonesa subiu com essa depreciação do iene ajudando exportadores, com alta de 0,38% no índice Nikkei225.

Na Europa as ações estão em alta, com o índice pan-europeu STOXX600 subindo 1,17%. Há alta de 0,90% no FTSE 100 de Londres, 1,28% no CAC40 de Paris e 1,02% no DAX de Frankfurt. Saíram dados melhores que esperado no Reino Unido (desemprego mais baixo que esperado, 5,0% contra 5,1%, e maiores ganhos salariais), que ajudam a libra a se valorizar (0,48% contra o dólar) após ter caído bastante nos últimos dias com medo de saída do Reino Unido da União Europeia. O euro está se apreciando contra o dólar, 0,18%, cotado a US$/€ 1,1228, com os juros alemães subindo e voltando a ficar positivos no prazo de 10 anos (0,002% a.a.).

No mercado americano, os índices futuros das bolsas também operam em alta, de 0,20% para o Dow Jones e 0,24% para o S&P500. O dólar está se depreciando contra outras moedas nesse ambiente de menor aversão ao risco, com o índice DXY caindo 0,14%. Os juros futuros americanos estão em alta, com a Treasury de 10 anos a 1,627% a.a. Hoje ocorrerá a reunião do Fomc, e o mercado põe chance zero de alta de juros nesta reunião, e apenas 16% de chance de alta na próxima. As novas projeções e a entrevista coletiva de Yellen devem ser observadas com atenção pelo mercado, que pode reverter os ganhos das últimas semanas se sentir que o Fed pode voltar a ficar mais hawkish.

As commodities não têm direção única pela manhã, com o índice Bloomberg de preços de commodities caindo 0,08%. Há alta nos preços de commodities metálicas, mas queda no preço de petróleo, devido ao aumento de estoques e processo de negociação de paz na Nigéria, com o preço do barril tipo WTI recuando 1,05%, cotado a US$ 47,97.

No Brasil, já saiu o IGP-10, que veio acima do esperado pelo mercado (1,42% contra expectativa de 1,29%). O jornal Valor Econômico traz uma matéria em que diz que o presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que é melhor esperar a condenação da presidente afastada Dilma Rousseff antes de enviar a PEC do teto de gastos para o Congresso. Os juros futuros podem subir com essa notícia. O real deve se valorizar, por sua vez, ajudado pelo ambiente menos avesso ao risco no cenário internacional. A bolsa também deve subir hoje, ajudada por esse mesmo fator.

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