Hoje na Economia – 15/07/2019

Hoje na Economia – 15/07/2019

Edição 2295

15/07/2019

Indicadores mais positivos sobre a atividade industrial e vendas do comércio na China dão o tom mais otimista para os mercados, nesta segunda-feira. Os dados deixaram em segundo plano o PIB da China do segundo trimestre, cujo crescimento foi o mais lento em 27 anos. Em junho, a indústria chinesa produziu 6,3% mais do que no mesmo mês de 2018, superando a projeção de alta de 5,3%. Já as vendas no varejo subiram 9,8% acima do avanço de 8,4% estimado. (A/A), vindo pouco abaixo da estimativa do mercado (6,3%). Os dados da indústria e comércio chineses atenuam parte dos temores quanto a um desaquecimento mais acentuado no que o previsto da economia mundial.

Na Ásia, o destaque ficou para as bolsas chinesas, em dia sem direcional único para os mercados da região. Em Xangai, o índice Composto fechou em alta de 0,40%, com investidores apostando na continuidade das medidas de estímulo monetário e fiscal adotadas por Pequim, que devem impedir uma desaceleração mais abrupta da segunda maior economia do mundo. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,29%, enquanto em Seul, o Kospi registrou perda de 0,20%. Em Tóquio, mercados permaneceram fechados por conta de feriado.

Na Europa, após uma abertura em alta estimulada pelos dados divulgados na China, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, mergulhou no vermelho, acusando as quedas das ações de telecomunicações e bancos, mais do que compensando a alta nos papéis das montadoras de autos. No momento, o STOXX600 registra queda de 0,17%. Demais praças também operam em baixa: Londres -0,11%; Paris -0,30%; Frankfurt -0,03%. O euro é negociado a US$ 1,1281 nesta manhã (US$ 1,1270 de sexta-feira à tarde), o nível mais alto em uma semana.

No mercado americano, prevalece a cautela diante de uma semana com agenda cheia, contemplando a manifestação de diversos membros do Fed, bem como importantes indicadores de atividade econômica. Nesta manhã, o juro pago pela Treasury de 10 anos flutua em torno de 2,1218% ao ano, enquanto o dólar recua diante não só das principais moedas fortes, como também de algumas moedas emergentes. Diante da expectativa de que os dirigentes do Fed devem referendar o afrouxamento monetário sinalizado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, na semana passada, mercados de ações começam a semana operando no azul. O índice futuro do Dow Jones registra alta de 0,16%, no momento; do S&P 500 avança 0,17%; do Nasdaq sobe 0,10%.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg tem valorização de 0,14%, no momento. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para agosto sobe 0,20%, sendo negociado a US$ 60,33/barril.

Na agenda doméstica, o Banco Central divulga o índice de atividade econômica, IBC-Br, de maio, que deve mostrar alta de 0,54% da comparação mensal e avanço de 4,40% em relação a igual mês de 2018. Esses dados mais positivos sobre a dinâmica da economia brasileira e os indicadores da indústria e comércio mais favoráveis divulgados na China podem estimular o apetite ao risco favorecendo a Bovespa, nesta segunda-feira.

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