Hoje na Economia – 15/07/2020

Hoje na Economia – 15/07/2020

O otimismo toma conta dos mercados globais, nesta quarta-feira, em meio a esperanças de que surja um tratamento definitivo para o coronavírus. No fim da tarde de ontem, a farmacêutica americana Moderna anunciou que a sua possível vacina para a covid-19 produziu anticorpos em todos os pacientes testados. Injeção de otimismo nos mercados financeiros que vinham encontrando dificuldades crescentes para avançar em meio a notícias de novas ondas de contaminação nos EUA e Ásia.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam sem direção única, pressionadas por crescentes tensões entre EUA e China. Ontem, o presidente Donald Trump assinou lei para impor sanções a autoridades e entidades da China envolvidas na aplicação da lei de segurança nacional em Hong Kong. Trump afirmou que assinou também um decreto para encerrar o tratamento especial que Washington concedia à ex-colônia britânica, que agora passaria a receber o mesmo tratamento que a China continental. No mercado chinês, o índice Xangai Composto fechou com queda 1,56%, enquanto o Hang Seng operou perto da estabilidade em Hong Kong. No Japão, o banco central (BoJ) manteve inalterados os parâmetros da política monetária, ao mesmo tempo em reduziu sua projeção para o crescimento do PIB japonês para a faixa de -4,5% a -5,7%, contra a previsão anterior de -3% a -5%. O índice Nikkei fechou o dia com alta de 1,59% em Tóquio. No mercado de moeda, o iene se valoriza 0,32% frente ao dólar, que é cotado a 106,90 ienes. Na Coreia do Sul, o Kospi fechou com ganho de 0,84% na bolsa de Seul, enquanto o Taiex registrou ligeira baixa de 0,05%. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje com ganho de 1,1%.

Na Europa, as bolsas locais mostram altas significativas, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, avança 0,94%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,76%; o CAC40 avança 1,16% em Paris, enquanto o DAX registra valorização de 0,95% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1433, se valorizando 0,29%, neste momento.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York registram altas significativas, no momento. Há avanço de 0,85% no Dow Jones e 0,59% no S&P500, enquanto o futuro do Nasdaq sobe 0,45%. Em dia de menor aversão ao risco, o dólar perde valor contra outras moedas, com o índice DXY recuando 0,31%. Os juros futuros estão em ligeira alta, de 1 pb, para 0,615% a.a. no caso da Treasury de 10 anos. Hoje será divulgada a produção industrial de junho, que deve aumentar 4,3% m/m, dando prosseguimento a retomada do crescimento em linha com o relaxamento das medidas de isolamento social iniciadas em maio. Será divulgado também o Livro Bege, compilação conjuntural elaborada pelos Feds regionais, que deve trazer um retrato mais atualizado da economia americana, podendo captar os primeiros efeitos da segunda onda de contaminação em alguns estados, refreando as movimentações de pessoas com impactos sobre o consumo e serviços em geral.

Os preços de commodities operam majoritariamente em alta, no momento. O índice geral de commodities da Bloomberg avança 0,54%. O preço do petróleo tipo WTI sobe 1,54% no momento, com o barril sendo negociado a US$ 40,92.

No Brasil, será divulgado o IGP-10 de julho, que deve mostrar inflação de 1,42% no mês, segundo o consenso do mercado. No âmbito político, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, deve promover as primeiras discussões que darão início a tramitação da reforma tributária. A Bovespa deve abrir em alta, acompanhando os futuros de ações das bolsas de Nova York. Taxa de câmbio pode voltar a ser transacionada próxima de R$ 5,30/US$ diante do enfraquecimento global da moeda americana. Os juros futuros, principalmente os contratos mais longos, devem continuar fechando por conta do ambiente global de menor aversão ao risco.

Topo