Hoje na Economia – 15/07/2021

Hoje na Economia – 15/07/2021

Mercados financeiros operam sem direção única na manhã de quinta-feira. Dados econômicos chineses ajudaram bolsas asiáticas a subirem, porém bolsas na Europa e nos EUA operam em queda ou próximas disso.

Na Ásia as bolsas abriram em queda, mas fecharam em alta, após a divulgação de dados econômicos na China e com notícias de cooperação entre gigantes de tecnologia no país. Houve alta de 0,2% no índice regional MSCI Asia Pacific, com avanços de 1,02% na bolsa de Xangai, 0,75% no Hang Seng de Hong Kong e 0,66% no KOSPI de Seul. Por outro lado, o Nikkei225 do Japão teve queda de -1,15%. O iene está se valorizando levemente, 0,07%, cotado a ¥/US$ 109,89. Os dados sobre atividade econômica na China não vieram tão negativos quanto se temia após o corte do depósito compulsório feito na semana passada. O PIB do 2º trimestre teve alta de 7,9% A/A contra expectativa de 8,0% A/A, e os dados de vendas no varejo e produção industrial vieram acima do esperado (12,1% A/A contra 10,8% A/A e 8,3% A/A contra 7,9% A/A, respectivamente).

Na Europa todas as bolsas operam em queda. Há contrações de -0,29% no índice pan-europeu STOXX600, -0,28% no FTSE100 de Londres, -0,39% no CAC40 de Paris e -0,59% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando levemente diante do dólar, -0,03%, cotado a US$/€ 1,1834. No Reino Unido os dados sobre emprego mostraram taxa de desemprego um pouco acima do esperado (4,8% em maio, contra 4,7% de mediana de projeções), mas alta mais forte nos salários (7,3% A/A contra 7,1% A/A esperado). A libra se aprecia 0,17% com isso, cotada a US$/£ 1,3844.

Nos EUA, os índices futuros de ações operam sem direção única. Há queda de -0,32% no Dow Jones e -0,26% no S&P500, mas alta de 0,13% no NASDAQ. Hoje saem resultados de empresas como Morgan Stanley e Alcoa. Os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, ontem no Congresso americano foram vistos como dovish, ajudando os juros futuros a recuarem ontem e hoje. Agora o yield da Treasury de 10 anos está a 1,33% a.a., uma queda de 1 pb em relação a ontem e 8 pb em relação ao fechamento de 3ª feira. O dólar está perdendo valor de forma leve, com o índice DXY recuando -0,05%, depreciando contra moedas que são refúgio seguro, como iene e franco suíço. Hoje saem dados de atividade dos Feds regionais de Nova York e Filadélfia, com expectativa sendo de acomodação na margem.

Os preços de commodities operam sem direção única também hoje. O índice geral da Bloomberg cai -0,25%, influenciado pela queda do cobre (-0,24%), do níquel (-1,04%), do milho (-0,54%), mas em especial do petróleo (-1,15% no caso do barril WTI, negociado a US$ 72,27). Dados de estoques de petróleo ajudaram o petróleo cair nos últimos dias. Por outro lado, há alta de 0,29% no ferro, 0,19% no ouro e 0,05% na soja.

No Brasil, o IBC-Br ontem veio abaixo do esperado e fez com que os juros futuros caíssem ao mostrar menor risco de crescimento mais forte no 2º trimestre. Hoje não é esperada a divulgação de nenhum dado econômico importante. No campo político, ontem foi enviado ao Congresso o projeto da nova versão do Bolsa Família, com gastos de R$ 53 bi em 2022, aumentando o benefício médio de R$ 189 para R$ 270 por família e atendendo 3 milhões de famílias a mais. O programa está vinculado à aprovação da taxação de lucros e dividendos, prevista na reforma tributária em discussão na Câmara, que ainda está sofrendo grandes mudanças segundo os rumores. Hoje em dia de poucas notícias a bolsa brasileira pode cair e o real se depreciar diante do dólar, acompanhando movimento externo nos países emergentes. Os juros futuros podem subir levemente, seguindo a depreciação cambial

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