Hoje na Economia 15/08/2017

Hoje na Economia 15/08/2017

Edição 1830

15/08/2017

Mercados financeiros mundiais seguem em alta, com menor tensão geopolítica na península coreana e perspectiva de crescimento em diversas economias e bons resultados em muitas empresas.

Na Ásia, a maior parte das bolsas subiu. O índice MSCI Ásia Pacífico avançou +0,2%, com altas de +1,11% no índice Nikkei225 do Japão e +0,43% na bolsa de Xangai. O iene está se depreciando contra o dólar, -0,69%, devido à diminuição de aversão ao risco, cotado a ¥/US$ 110,39. Indicadores de crédito da China em julho vieram acima do esperado, com empréstimos de 825,5 bi (contra expectativa de 800 bi), mas ainda desacelerando em relação ao mês anterior (1540 bi).

Na Europa, o índice STOXX600 opera em alta, de +0,12%, com altas de +0,43% no FTSE100 de Londres, +0,42% no CAC40 de Paris e +0,32% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando contra o dólar, -0,28%, agora sendo negociado a US$/€ 1,1748.

Os índices futuros das bolsas americanas estão em alta também: +0,58% no caso do Dow Jones e +0,20% no caso do S&P500. Os juros futuros americanos estão subindo, com o título da Treasury de 10 anos pagando 2,252% a.a.. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY variando +0,33%. Hoje serão divulgados dados de vendas no varejo de julho, que serão o primeiro indicador sobre como foi a atividade no terceiro trimestre. A expectativa é de crescimento de +0,3% M/M, contra queda de -0,2% M/M no mês anterior.

Os preços de commodities estão em queda, com o índice de preços da Bloomberg recuando -0,39%. O preço de petróleo em especial caiu consideravelmente ontem, e cai novamente hoje, com o tipo WTI recuando -0,40%, cotado a US$ 47,39/barril. O preço do minério de ferro cai -1,38%, cotado a US$ 73,68/ton.

No Brasil, ainda não ocorreu o anúncio sobre as novas metas fiscais para os anos de 2017 e 2018, previstas para serem divulgadas ontem. Boatos afirmam que há divergência entre setores do governo, com a ala econômica preferindo déficits de R$ -159 bi em 2017 e 2018 e a ala política defendendo déficits maiores, de até R$ -180 bi. As discussões prosseguem, com a ala econômica tentando encontrar formas de evitar um déficit maior, que poderia por em cheque a perspectiva de que o Brasil vai um dia voltar a fazer superávits primários e estabilizar a relação dívida/PIB. Os juros futuros estão sensíveis a essa questão, devendo cair hoje, uma vez que há ainda a possibilidade de a ala econômica sair vitoriosa. As vendas no varejo de junho devem ser divulgadas hoje, com a expectativa de alta de +0,4% M/M, porém seu impacto deve ocorrer mais na bolsa que nos juros, com a perspectiva de recuperação da economia e dos resultados de empresas. O real deve se depreciar hoje contra o dólar, acompanhando movimento de outras moedas e queda de preços de commodities, também estando sensível (em menor escala que os juros futuros) aos debates fiscais.

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