Hoje na Economia 15/09/2015

Hoje na Economia 15/09/2015

Edição 1358

15/09/2015

Mercados financeiros operam sem direção única hoje, com apreensão em relação à China e à possível alta de juros na reunião do FOMC na 5ª feira.

Na Ásia, as bolsas fecharam em leve alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,2%. A bolsa do Japão foi a grande responsável pela alta, com o índice Nikkei225 subindo 0,34%. O BOJ teve sua reunião hoje, e ele manteve a taxa de estímulo monetário em 80 tri/ano, mas há especulações de que ele possa aumentar essa taxa de expansão na reunião de outubro. O iene se valorizou contra o dólar hoje, 0,44%, cotado a ¥/US$ 119,71. O índice de Xangai, na China, teve mais um dia de queda, de -3,5%, voltando ao patamar de 3000 pontos. Ainda há grande preocupação com a atividade chinesa nos mercados internacionais.

Na Europa, as bolsas operam sem direção única, mas com a maioria em queda. O índice pan-europeu STOXX600 cai 0,09%. Há queda de -0,43% na bolsa de Londres, mas altas de +0,39% na bolsa de Paris e +0,11% na bolsa de Frankfurt. O euro está perdendo valor diante do dólar, recuando 0,08% e cotado a US$/€ 1,1307. Hoje saíram dados de confiança (ZEW), que mostraram queda nas expectativas após a grande turbulência nos mercados financeiros no mês passado.

Os mercados de commodities estão operando sem direção única, com o índice geral da Bloomberg recuando 0,05%. Há alta nas commodities de energia, com o preço do petróleo tipo WTI subindo 0,98%, cotado a US$ 44,43/barril, mas queda nos preços das commodities metálicas, como cobre.

Os mercados futuros americanos estão em leve alta, com o S&P500 subindo 0,04%. O dólar está praticamente estável, com o índice DXY caindo 0,09%, enquanto os juros de 10 anos estão em queda, a 2,17%. Hoje sairão dados de vendas no varejo e produção industrial, que devem afetar as apostas de altas de juros na 5ª feira, em especial se vierem acima do esperado (+0,3% M/M e -0,2% M/M, respectivamente).

No Brasil, o anúncio do pacote fiscal ontem aliviou um pouco a preocupação do mercado. Entretanto, boa parte desse pacote fiscal depende da aprovação do Congresso, em especial a recriação da CPMF, que responde por quase metade das medidas anunciadas em valor (R$ 32 bi contra R$ 64 bi do pacote total). Algum acordo político com governadores está sendo costurado para aumentar as chances de aprovação dessa medida, com uma alíquota maior e parte da arrecadação indo para os Estados, mas ainda assim o presidente da Câmara, Cunha, mostrou desaprovação com boa parte do pacote. Os juros futuros devem ter queda hoje, ignorando o IGP-10 elevado (0,61% contra expectativa de 0,59%), com a percepção de que há um plano para evitar novo downgrade, mas a queda deve ser modesta devido à incerteza política da aprovação do pacote fiscal. O mercado de juros também deve ser afetado pelo discurso de Tombini no Senado hoje. A bolsa pode ter alta, com determinados setores reagindo à perspectiva de menor taxação sobre eles após o anúncio do pacote fiscal (mais centrado em CPMF e menos em JCP ou Cide), enquanto o real deve se valorizar, devendo ser bastante afetado pelas apostas de altas de juros nos EUA.

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