Hoje na Economia 15/10/2014

Hoje na Economia 15/10/2014

Edição 1136

15/10/2014

Novos sinais de desaceleração econômica surgem na China, reforçando os temores com a economia mundial, bem como sobre os efeitos do baixo crescimento sobre a lucratividade das empresas, afetando negativamente os mercados de ações globais. O governo chinês divulgou a inflação ao consumidor que acumulou alta de 1,6% nos doze meses até setembro, vindo abaixo das projeções do mercado (1,7%). No atacado, os preços ao produtor recuaram 1,8% no período (consenso -1,6%), completando 31 meses seguidos em deflação. Esses números ressaltam os riscos de estagnação da economia chinesa, resultante da fraca demanda doméstica, o que pode exigir novas medidas de estímulos por parte do governo.

Os mercados de ações na Europa operam no vermelho, em linha com a fraqueza econômica da região. O índice STOXX600 registra queda de 0,59%, no momento. Principais praças também registram perdas: Londres -0,96%; Paris -0,51% e Frankfurt -0,52%. O euro troca de mãos a US$ 1,2645, contra US$ 1,2662 no fim da tarde de ontem.

Os futuros das principais bolsas de ações norte-americanas mostram fracas variações, nesta manhã. O S&P perde 0,12%, enquanto o futuro do D&J recua 0,01%. O dólar opera em alta, tanto em relação às moedas fortes como também frente às moedas emergentes, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 2,20% ao ano.

Na Ásia, a maioria das bolsas locais fechou em alta, acompanhando os ganhos das bolsas americanas no dia de ontem. O índice MSCI Asia Pacific fechou com valorização de 0,3%. No Japão, a bolsa de Tókio fechou com valorização de 0,92%, favorecida pela valorização – ainda que modesta – do dólar ante a moeda japonesa. No momento, o dólar é cotado a 107,30 ienes, contra 107,06 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai apurou ganho de 0,60%, com investidores animados com as possibilidades de o governo adotar novas medidas de estímulo econômico. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com ganho de 0,40%.

O enfraquecimento da economia mundial empurrou as cotações do petróleo para o patamar mais baixo dos últimos quatro anos. O produto tipo WTI é negociado a US$ 80,75/barril, com queda de 1,34%, no momento. Demais commodities também operam em queda, nesta manhã: metais -0,47%; agrícolas -0,33%; metais preciosos -1,07%.

Os fracos números apurados pela inflação na China, reforçando o quadro de desaceleração da economia mundial, não devem favorecer a Bovespa no dia de hoje. Mas as expectativas em torno das pesquisas eleitorais que serão divulgadas hoje à noite podem motivar os investidores. O dólar deve abrir em alta frente ao real, ao mesmo tempo em que deve se observar abertura das taxas de juros futuros por conta do câmbio. A alta dos juros, no entanto, deve ser moderada pelo baixo patamar dos juros internacionais.

Topo