Hoje na Economia 15/10/2018

Hoje na Economia 15/10/2018

Edição 2117

15/10/2018

Mercados de ações não sustentam o rali de sexta-feira, com a maioria das bolsas da Ásia e Europa operando em baixa, enquanto os futuros de ações de Nova York apontam para uma abertura em queda, nesta segunda-feira.

Além das preocupações com os atritos comerciais entre as duas maiores economias do mundo e menor crescimento da economia global, acrescentam-se as tensões geopolíticas entre os EUA e a Arábia Saudita, elevando as preocupações dos investidores e empurrando para cima os preços do petróleo.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam em baixa, nesta segunda-feira. O índice MSCI Asia Pacific registrou perda de 1,1% no pregão de hoje. Preocupações com as disputas comerciais entre China e EUA, uma possível desaceleração da economia chinesa – o PIB do 3º trimestre será divulgado nesta quinta-feira – e tensões política no Oriente Médio alimentam a aversão ao risco. Nos mercados da China, os principais índices de ações atingiram novas mínimas em cerca de quatro anos, revertendo os ganhos de sexta-feira. O índice Xangai Composto teve queda de 1,49%. No Japão, o Softbank foi destaque negativo, com um tombo de 7,3% devido aos laços da operadora móvel com a Arábia Saudita. O índice Nikkei apurou perda de 1,87%. O Hang Seng cedeu 1,38% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi perdeu 0,77% em Seul, e o Taiex registrou baixa de 1,44%, em Taiwan. O dólar recuou para 111,68 ienes de 112,20 ienes no fim da tarde de sexta-feira.

Na Europa, o euro opera estável diante da moeda americana à espera do orçamento fiscal preliminar de 2019 a ser apresentado pelo governo italiano à Comissão Europeia. No momento o euro é cotado a US$ 1,1585, pouco acima do valor de US$ 1,1564 do final da sessão de sexta-feira. Em Londres, a libra esterlina perde força depois que o Reino Unido e a União Europeia (UE) interromperam as conversações, eliminando esperanças de que as partes pudessem chegar a um acordo sobre o Brexit, durando a reunião de cúpula da UE no próximo final de semana. No mercado de ações, a maioria das bolsas da região opera no vermelho. O índice STOXX600 registra queda de 0,28%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 exibe queda discreta (-0,05%); em Paris, o CAC40 cai 0,32%; em Frankfurt, o DAX registra alta moderada (+0,07%).

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 3,154% ao ano, pouco acima de 3,152% registrado no final de sexta-feira. O dólar recua diante das principais moedas (índice DXY perde 0,12%, nesta manhã), enquanto os índices futuros de ações da bolsa de Nova York prenunciam uma abertura em baixa: futuro do Dow Jones -0,50%; futuro do S&P 500 -0,55%; futuro do Nasdaq -0,91%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, sustentados, em parte, por preocupações com as questões políticas que envolvem a Arábia Saudita. O petróleo WTI para novembro é negociado a US$ 71,88/barril, com alta de 0,76%, nesta manhã.

O clima de aversão ao risco que toma conta das principais bolsas globais nesta manhã de segunda-feira pode prejudicar as chances da Bovespa se beneficiar da forte alta das bolsas americanas na sexta-feira, quando os mercados brasileiros permaneceram fechados devido ao feriado nacional. Ainda que o fator externo tenha um peso relevante na definição da tendência, o foco continuará no processo eleitoral. Pesquisas eleitorais apontando provável vitória de Jair Bolsonaro devem manter os mercados animados.

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